Em 2022, metade da energia
eólica da Neoenergia estará no ACL.
Empresa aposta no leilão A-4
de térmicas desse ano para continuar com Termope.
Metade da capacidade eólica
da Neoenergia deverá estar destinada ao mercado livre em 2022, após a conclusão
dos Complexos Eólicos Oitis, de 566,5 MW e Chafariz (PB-565 MW). Em
teleconferência de resultados realizada nesta terça-feira, 18 de fevereiro. De
acordo com o CEO da empresa, Mario Ruiz-Tagle, 25% dessa energia já foi
comercializada para os anos de 2022 e 2024 a preços médios de R$ 190/ MWh. O
Complexo Oitis está localizado nos estados do Piauí e da Bahia e conta com 12
parques. “Assegura a participação da
Neoenergia no movimento de liberação do
mercado de energia brasileiro, afirma. A GE vai fornecer as turbinas para
Oitis. Em 2019, a empresa investiu R$ 143,3 milhões na implantação e operação
de eólicas.
Ainda de acordo com o
executivo, a expectativa da empresa é de alcançar um bom crescimento em 2020.
Sem querer prever um percentual, Ruiz Tagle lembrou que as distribuidoras do
Nordeste sempre crescem acima do PIB e que o grupo manterá a atual disciplina.
O leilão A-4, que será
realizado em abril/2020, deverá contar com a Termope, termelétrica da empresa
em Pernambuco. Contratada até 2024, há a busca por uma alternativa para a sua
continuidade. A usina, além de rentável, também tem se mostrado importante para
a operação da região Nordeste, o que justificaria a sua contratação. “Nossa
expectativa é conseguir contratar ela nesse leilão”, avisa Ruiz-Tagle, que
lembra que ela não vai precisar de investimentos, por já estar em operação.
Para esse leilão e o futuro
da usina, a Neoenergia também negocia com cuidado não só com a Petrobras – a
atual fornecedora – um novo contrato de fornecimento de gás da térmica, mas
também alternativas com fornecedores internacionais, usando estruturas de GNL
que poderão ser construídas. A espanhola Iberdrola, controladora da Neoenergia
está auxiliando nesse tema, pela experiência internacional que possui na área.
Para Mario Ruiz-Tagle, nesse leilão de térmicas será possível definir se a
política de gás barato do governo federai vai se confirmar.
“Temos toda certeza
operacional do ativo, o que temos que conseguir agora é um bom preço de gás
para arrumar um preço no futuro contrato”, aponta. (canalenergia)
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