Empresa de Pesquisa
Energética observa queda drástica no preço da energia solar.
Expectativa é que a fonte se
consolide como uma das mais competitivas para expansão da matriz energética
nacional.
A redução vertiginosa do
preço da energia solar, verificada nos últimos leilões de energia, deve-se a
maior competitividade do setor, que já possui oferta maior que a demanda de
projetos. A informação é de Thiago Barral, presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE). Em declarações à imprensa, Barral afirmou ainda que há uma
gama de empresas e empreendedores interessados em investir nessa fonte.
O maior atrativo para os
investidores, segundo declarações de Barral, é o baixo risco de desenvolvimento
desses projetos, políticas corporativas e a capacidade de atrair capital para
financiar empreendimentos. Conforme já foi apontado no Plano Decenal de Energia
da EPE, colocado em consulta pública no ano passado, a previsão é que a energia
solar se consolide como uma das fontes mais competitivas para expansão da matriz
energética nacional.
“Vale ressaltar que apenas
uma fonte não é uma solução adequada para a segurança eficiente e para o menor
custo do sistema. O ideal é a combinação de várias fontes. A energia solar,
sozinha, não vai dar conta de atender às necessidades energéticas do país nos
próximos anos, mas se apresenta como uma das fontes que têm papel relevante
nesse cenário”, disse.
As fontes solar e eólica, por
exemplo, têm apresentado resultados surpreendentes nos últimos leilões,
tornando-se cada vez mais competitivas. “Isso se deve ao bom desempenho do
setor, aliado a inovação e a estratégias das indústrias”, complementou.
As hidrelétricas ainda
respondem por mais de 70% da matriz energética nacional, mas esse porcentual
vai diminuir ao longo dos anos, com a diversificação das fontes de energia.
Esse cenário já pode ser observado nos últimos leilões que, segundo Barral, no
curto prazo, não houve grandes projetos de hidrelétrica no Brasil.
“Com exceções da Usina de
Castanheiras, em Mato Grosso, que a própria EPE vem estudando, com potência
instalada de 140 megawatts (MW) de energia, que se encontra em etapa de
licenciamento; a Usina de Tabajaras, em Rondônia, em estágio mais avançado de
desenvolvimento, com capacidade de 400 MW; e a Usina de Bem Querer, em Roraima,
com 650 MW, em fase de estudos de impacto ambiental na região e de componente
indígena”, disse.
Esses projetos fazem parte do
Programa de Parcerias de Investimento (PPI) pela condição de licenciamento ser
um aspecto fundamental para o avanço desses empreendimentos, mas Barral lembra
que nenhum deles passou por audiência pública. (portalsolar)
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