segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Carros elétricos e híbridos superam os movidos a diesel na Europa

As vendas de carros elétricos e híbridos superaram pela primeira vez as de veículos movidos a diesel na Europa. É o que mostra o relatório da consultoria Jato Dynamics referente às vendas de setembro. Os carros eletrificados somaram 327.800 unidades no mês, ficando com 25% dos emplacamentos no bloco europeu.

Já os veículos a diesel recuaram em setembro, respondendo por 24,8% de participação. Segundo a Jato, a tendência é que este cenário se agrave nos próximos anos. Há uma década, os veículos a diesel detinham 50% das vendas enquanto os eletrificados somavam só 1%.

Importante dizer que os elétricos e híbridos possuem variações. Há o elétrico puro (EV), movido apenas por eletricidade; o Híbrido Plug-In (PHEV), que oferece autonomia elétrica e pode ser recarregado em tomadas; o híbrido completo (Full Hybrid), como o Toyota Corolla; e o híbrido leve (Mild Hybrid), que usa bateria de 48 Volts.

Além da questão ecológica, os benefícios governamentais para carros elétricos e híbridos são outro estimulante. Vários países da região concedem bônus e isenções fiscais. Isso acaba por abater o custo desses modelos, que ficam mais acessíveis.

Há ainda incentivos que permitem circulação mais ampla dos elétricos e híbridos; especialmente nos grandes centros. A exemplo de cidades como Londres e Paris, São Paulo não tem rodízio para esse tipo de veículo.

Para Felipe Munhoz, especialista da Jato Dynamics, a transição dos carros a combustão para os elétricos e eletrificados está tomando forma. “Apesar de amparados por fortes políticas de incentivo, os motoristas estão mostrando que estão cada vez mais familiarizados com as novas fontes de alimentação”, explica.

Disputa entre as marcas

Com o avanço dos carros eletrificados, cresce também a briga entre as fabricantes. A Toyota é líder absoluta entre os híbridos, perseguida pela Volkswagen, que emplacou 40.300 modelos em setembro. Entre os híbridos do tipo plug-in, a Mercedes-Benz puxa as vendas. E Tesla é soberana na categoria dos puramente elétricos.

Participação por tipo de combustível veicular na Europa 2020

Participação por tipo de combustível na Europa:

Gasolina: 47%

Diesel: 25%

Eletrificados (EV + PHEV + FH + MH): 25%

Veículos a gás natural e metano: 3% (biodieselbr)

1º revestimento de piso solar é comercializado em Budapeste

Primeiro revestimento de piso solar é comercializado em Budapeste.
Revestimento de piso solar é composto por células solares e garrafas PET recicladas!

Em Budapeste não faltam histórias para contar, sendo que o destaque desta vez vai para um novo desenvolvimento. É que na Hungria, mais precisamente em Budapeste, começaram a ser vendidos revestimentos de piso solar, ou seja, o revestimento de um chão pode começar a gerar eletricidade e esta ser devolvida à rede elétrica da casa.

O que é o revestimento de piso solar?

É um tipo de revestimento de pavimento composto por células de silício monocristalino. Estas células são revestidas com vidro temperado, a partir daí são depois incorporadas numa estrutura produzida a partir de garrafas PET recicladas.

A responsável pelo desenvolvimento deste tipo de piso solar é a húngara Platio, que se especializou na criação de materiais de construção sustentáveis!

E são várias as vantagens deste produto comercializado na Hungria. Primeiro que tudo, tem uma manutenção simples, quando comparada com os painéis solares montados nos telhados. Depois ao se usar plástico reciclado estamos a criar um produto mais duradouro que o betão (diz a empresa).

Quem se depara com este revestimento de piso, o primeiro impacto que tem é que será escorregadio. Mas na verdade, não! Ele tem uma camada de antiderrapante, sendo assim quase impossível alguém escorregar nele!

E se pensa que a estética foi “esquecida”, desengana-se! É que a empresa criou este revestimento de piso solar, ou seja, mosaico, em vários tons, desde preto, vermelho, azul e verde!

Com apenas 20 m2 deste revestimento solar, o chão irá gerar energia solar que permite suprir o consumo anual de eletricidade de uma família média. Para quem tiver carros elétricos, também pode usar a energia produzida para lhes carregar as baterias!

Outras aplicações do revestimento solar

Ainda em 2019 a Platio deu início aos seus testes de revestimento de piso solar, tendo instalado cerca de 6,5 m2 de revestimento solar num centro comercial. Este foi ligado a uma estação de carregamento de telemóveis.

Foi também testado em parques, praças e mesmo numa estrutura marítima, pode também ser aplicado a mobiliário personalizado.

Além disso, visto ser um revestimento antiderrapante, pode ser instalado em calçadas, terraços, varadas ou pátios.

Uma casa que tenha um revestimento de piso solar, painéis solares e baterias para acumular o excedente de eletricidade, torna-se no paraíso da autossuficiência energética!

A grande novidade é mesmo a aplicação desta tecnologia ao ambiente doméstico, pois já havia sido instalado noutras situações, como na pavimentação de estradas! Algumas empresas de energias renováveis já o haviam feito, tal como a Platio.

Um pouco por toda a Europa encontramos locais de teste de revestimento de piso solar em calçadas, ciclovias ou mesmo estradas. Sendo que França na altura ficou nas bocas do mundo por ter planeado pavimentar mil quilômetros de estradas com pavimento solar. (portal-energia)

Pico da demanda por petróleo e gás em 2030 e meta de zerar emissões até 2050

Equinor indica pico da demanda por petróleo e gás em 2030 e anuncia meta de zerar emissões até 2050.
A Equinor anunciou em 02/11/20 a meta de se tornar uma empresa com emissões zero de carbono em 2050. O compromisso marca o primeiro dia da gestão de Anders Opedal, que assumiu o comando da empresa no lugar de Eldar Sætre, que se aposenta depois seis anos como CEO e 40 anos trabalhando na estatal norueguesa.

A empresa está se preparando para o declínio gradual da demanda global por petróleo e gás a partir de 2030 e espera, com isso, produzir, no longo prazo, menos petróleo do que produz atualmente. Mesmo assim, estima um crescimento de 3% por ano na produção até 2026 e entende que uma parcela cada vez maior de petróleo e gás será usada para produtos petroquímicos em 2050.

Em janeiro, a Equinor já havia anunciado a meta de produzir petróleo offshore na Noruega com emissões de gases de efeito estufa perto de zero a partir de 2050. Para chegar até lá, a empresa pretende reduzir em 40% as emissões até 2030 e em 70%, em 2040. As emissões da empresa ficaram em 13 milhões de toneladas em 2018, em linha com o nível de 2005.

A empresa vai investir – junto com parceiros – 50 bilhões de coroas norueguesas para atingir meta para o final da década, que deve cortar o equivalente a 5 milhões de toneladas, o que corresponde a 10% do total das emissões da Noruega.

“A Equinor está comprometida em ser uma líder na transição energética. É uma estratégia de negócios sólida para garantir a competitividade de longo prazo durante um período de profundas mudanças nos sistemas de energia à medida que a sociedade se move para a neutralidade do carbono. Nos próximos meses, atualizaremos nossa estratégia para continuar a criar valor para nossos acionistas e concretizar essa ambição”, afirma Opedal, que comandou a Equinor no Brasil entre 2017 e 2018.

A transformação da Equinor em uma empresa de energia passará pelo investimento em energias renováveis. A empresa espera atingir capacidade instalada de 4-6 GW em 2026 e 12-16 GW em 2035.

“A Equinor agora planeja expandir sua aquisição em energia eólica, com o objetivo de acelerar o crescimento lucrativo e continuará a alavancar sua posição de liderança em energia eólica offshore”, disse a empresa em comunicado.
Voltaremos ao consumo do petróleo da pré-crise?

Investimentos em renováveis

O Brasil possui o primeiro projeto em energia solar fotovoltaica desenvolvido pela Equinor. A usina solar fotovoltaica Apodi, de 162 MW, está instalada no município de Quixeré, no Ceará. O projeto é uma parceria entre as norueguesas Equinor e Scatec Solar e a brasileira Kroma Energia. Fornece energia para cerca de 160 mil residências.

A empresa também iniciou o licenciamento no IBAMA dos parques eólicos offshore Aracatu I e Aracatu II, com 4 GW, sendo 2 GW em cada um e possibilidade de ampliação para 2,33 GW. O plano é instalar o primeiro parque eólico no litoral do Rio de Janeiro e o segundo, entre os estados do Rio e do Espírito Santo.

De acordo com o projeto, os parques serão instalados a cerca de 20 km da costa, em profundidades entre 15 e 35 metros. Serão ao todo 320 aerogeradores, 160 por parque eólico, cada um com capacidade nominal de 12 MW.

Captura e armazenamento de carbono

A Equinor informou ainda que entende que projetos como Northern Lights vão liderar investimentos na captura e armazenamento de carbono e utilização de hidrogênio, estabelecendo uma cadeia de valor para a economia de baixo carbono.

Northern Lights é um investimento conjunto entre Equinor, Shell e Total para captura e armazenamento de carbono (CCS, sigla em inglês). É o primeiro projeto do tipo a ser desenvolvido na Noruega e seu desenvolvimento e ampliação considerada fundamental para que as metas do Acordo de Paris sejam cumpridas.

O projeto será desenvolvido em fases. A Fase 1 inclui capacidade para transportar, injetar e armazenar até 1,5 milhão de toneladas de CO2 por ano. Assim que o CO2 for capturado em terra por emissores industriais de CO2, a Northern Lights será responsável pelo transporte em navios, injeção e armazenamento permanente a cerca de 2.500 metros abaixo do fundo do mar.

O terminal de recebimento de CO2 estará localizado nas instalações da área industrial Naturgassparken no município de Øygarden no oeste da Noruega. A planta será operada remotamente a partir das instalações da Equinor no terminal Sture em Øygarden e das instalações submarinas da plataforma Oseberg A no Mar do Norte.

A instalação permitirá outras fases para expandir a capacidade. Os investimentos nas fases subsequentes serão acionados pela demanda do mercado de grandes emissores de CO2 em toda a Europa.

Transporte de CO2

Em 30/10/20 na cidade norueguesa de Porsgrunn, foi inaugurada a maior instalação de transporte de CO2 do mundo. Com uma linha de 200 metros e investimentos de aproximadamente US$ 733 mil, a instalação da Equinor será usada para aprender como o gás carbônico se comporta durante o transporte por dutos. A empresa fará estudos sobre o transporte do CO2 tanto em forma líquida quanto gasosa.

O projeto foi resultado de modificação no duto multifásico que já transportava óleo, gás e água desde 1997. O uso para movimentação de gás carbônico está em fase de testes.

Em um momento em que se debate a descarbonização da economia mundial, a expectativa da empresa é que o conhecimento possa ser aplicado no futuro com o aumento do transporte de CO2.

“Isso mostra como a infraestrutura da indústria de óleo e gás pode ser usada para acelerar esforços na captura de dióxido de carbono e armazená-lo em reservatórios”, disse a diretora de tecnologia da Equinor, Sophie Hildebrand.
Equinor mira zero emissões até 2050.

A instalação deve testar o transporte apenas do CO2 em estado líquido e gasoso até a primeira metade do ano que vem. Depois, deve estudar também a possibilidade de levar o CO2 junto com outros componentes, como óleo e outros gases.

A Equinor já transporta CO2 atualmente em dois campos na Noruega, mas apenas em nível unifásico – ou seja, gás ou líquido. (biodieselbr)

1ª turbina eólica flutuante a favor do vento será instalada na Gran Canária

Primeira turbina eólica flutuante a favor do vento será instalada na Gran Canária.
Ilha Gran Canaria vai ter a primeira eólica flutuante a favor do vento do mundo

Instalação da primeira turbina eólica flutuante a favor do vento será instalada nos próximos meses ao largo da Gran Canaria, esta será a primeira eólica flutuante a favor do vento do mundo!

A turbina eólica será uma Vestas V29 de 225 kW e já se encontra em Espanha pronta a ser instalada, foi adaptada com uma transmissão que lhe permite girar a favor do vento. A equipa da X1 Wind está a tratar de integrar e testar todos os sistemas elétricos e comunicações para se ter a certeza de que esta eólica flutuante a favor do vento irá funcionar corretamente.

Só depois de todos os testes comprovados é que a mesma será levada para o seu local.

Porquê apostar numa turbina eólica flutuante a favor do vento?

Parece um contrassenso, pois todas as eólicas têm sido montadas configuradas contra o vento, com o rotor orientado para o vento. O que lhes permite minimizar o efeito de sombra da torre, facto que é significado para as estruturas tradicionais a favor do vento.

Mas nas últimas décadas as pás das eólicas têm vindo a aumentar cada vez mais, existindo pás com mais de 100 metros de comprimento, sendo por isso cada vez mais difícil evitar o impacto da torre eólica.

E por esse motivo começaram a desenvolver soluções especificas com o objetivo de aumentar a distancia entre as pás e a torre. Algumas estratégias aplicadas são o aumento do ângulo de inclinação ou mesmo um rotor em cone, o que leva a perdas de eficiência.

Outras soluções passaram por pré-dobrar as pás e um criar um maior balanço no rotor. Mas são precisas estratégias de controlo para usar pás mais rijas e pesadas o que leva a um aumento considerável do custo de produção das mesmas.

Como eliminar essas restrições?

Ao mudarmos a direção da eólica a favor do vento, contornamos essas restrições, permitindo a criação de novas eólicas com design mais leve a flexível e ainda maiores.

Um exemplo deste tipo de investigação, está em curso pela SUMR liderados pela Universidade de Virginia, Sandia National Labs e NREL, financiados pelo departamento de Energias dos EUA. Este consórcio de investigação está a trabalhar no desenvolvimento de eólicas a favor do vento com pás de 200 metros de comprimento, que podem alimentar 50MW no futuro.

Esta opção a favor do vento não tem sido muito usada devido à sombra que a torre provoca. Mas esta eólica flutuante a favor do vento desenhada para a plataforma PivotBuoy foi criada para minimizar esse efeito.

Ao ser uma plataforma flutuante invés de uma estrutura fixa, é possível permitir que toda a estrutura se volte e fique orientada a favor do vento. Uma caraterística que permitiu um desenho totalmente novo da estrutura, evitando-se torres grandes.

Adaptação do rotor a favor do vento

Como foi criada a turbina eólica flutuante a favor do vento?

A X1 Wind tem como objetivo mostrar todos os benefícios desta solução inovadora que permite criar aerogeradores flutuantes ainda maiores e mais económicos, com esta tecnologia a favor do vento.

A instalação ao largo da Ilha Gran Canaria vai comprovar essa ideia.

Ideia, que será comprovada por Santiago Canedo, que tem mais de 18 anos de experiência em eólicas, entre elas a Haliade X12MW da GE, sendo ele o responsável pela conversão da Vestas V29 225KW na configuração eólica flutuante a favor do vento, com a plataforma da PivotBuoy.

Para isso tem que cumprir as seguintes etapas:

Adaptação da transmissão: na rotação oposta, as engrenagens foram mecanizadas para pode trabalhar no lado oposto. Serviço realizado pela Kumera, fabricante de transmissões mecânicas de grande potência, que conta com mais de 70 anos no mercado.

Ligação do gerador: vai girar em sentido contrário. Por isso, as ligações têm que ser trocadas para girar em sentido contrário.

Ajustes finais dos sistemas de passagem e respetiva lubrificação.

Reposicionamento do aerogerador e pás para orientar o rotor numa configuração a favor do vento, como na imagem:

Processo de adaptação de eólica a favor do vento

Apesar de toda esta transformação, o rotor continua a girar no sentido dos ponteiros do relógio. A guinada original do rotor será logo bloqueada antes da instalação na plataforma, pois a plataforma PivotBuoy alinha-se automaticamente com o vento devido à sua capacidade única de evitar as intempéries. Isto vem permitir a redução da quantidade de sistemas ativos na plataforma, ponto fundamental para o seu funcionamento e manutenção durante a vida útil do sistema.

A X1 Wind tem como missão criar soluções altamente sustentáveis para reduzir as emissões de carbono e proporcionar energia limpa e acessível a nível mundial. Nos últimos anos a X1 Wind tem desenvolvimento de forma ininterrupta tecnologia eólica flutuante, completamente funcional e com grande êxito.

A empresa tem vindo a ser reconhecida como uma das principais empresas no mercado da energia eólica marítima, e que tem uma tecnologia limpa com maior impacto na Europa. (portal-energia)

Caminhões com tecnologias alternativas ao diesel irão ganhar mais espaço no País

No que depender das grandes corporações que usam o serviço de transporte de cargas, caminhões movidos a combustíveis alternativos ao diesel deverão cada vez mais ocupar as estradas do País. A sustentabilidade tem sido um tema muito valorizado, principalmente por empresas com presença global. E elas cobram ações de seus prestadores de serviços, entre eles, o transportador.

Há quem acredite que caminhões com tecnologias mais limpas deverão se tornar cada vez mais reais antes mesmo dos automóveis. Todas as montadoras presentes na Europa (e também no Brasil) têm algum veículo com tecnologia híbrida, 100% elétrica ou a gás. E outras dezenas de startups mundo afora também possuem projetos de desenvolvimento de veículos comerciais mais limpos.

Caminhões a gás
Scania inicia história do caminhão a gás no Brasil.

Além das questões sustentáveis, caminhões com tecnologias alternativas ao diesel têm baixo custo de manutenção, emitem menor ruído e, por isso, podem trafegar em horários ou locais de maior restrição e, mesmo com o maior investimento inicial, em poucos anos, os caminhões se pagam. Muito em razão do custo de operação inferior ao diesel garantido pelas fabricantes

Os caminhões elétricos podem custar até três vezes mais caros em relação à versão a combustão. Já o caminhão gás, que no Brasil é representado pela Scania, tem valor cerca de 30% maior em relação ao modelo diesel. Seu preço sugerido é de R$ 650 mil.

Diferentemente do que ocorre nos países da Europa, em que o governo geralmente dá algum incentivo para o empresário que investe em frotas alternativas, no Brasil isso não existe. E a situação se agrava porque ainda há muitas dúvidas em relação à viabilidade dos caminhões em razão da infraestrutura.

Incentivos para caminhões sustentáveis

Para Gilberto Avi, Head de Logística da Nespresso Brasil, grandes corporações podem influenciar pequenos frotistas a entrarem no negócio da sustentabilidade. E, para isso, ele relata sua experiência com o operador logístico RN Transportes.

A parceria entre as duas empresas com veículos limpos teve início com uma frota de elétricos da BYD dedicados ao transporte nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Foi possível viabilizar esse serviço porque as entregas foram focadas em hotéis, restaurantes e escritórios dessas duas cidades.

“Criamos um roteiro específico em que foi possível fazer 40% das entregas dos nossos principais clientes de São Paulo e do Rio de Janeiro com veículos elétricos. Se eu pesasse em uma escala muito grande, talvez a logística ficasse inviável. Porque a criação e a extensão desse tipo de serviço seriam mais demoradas.”

Com isso, Avi explica que não é preciso grandes investimentos para inovar. Começar com um projeto piloto pode trazer bons resultados, possibilitando expandir no futuro.

Parceria eficiente

O resultado dessa parceria com a RN deu tão certo que ela cresceu — a RN foi a primeira transportadora do Brasil a comprar os caminhões a gás da Scania. A aquisição foi feita no lançamento oficial dos veículos, na Fenatran do ano passado.

O proprietário da RN, Rodrigo Navarro, adquiriu dois caminhões GNV/biometano. Esses veículos, entregues em maio deste ano, operam para Nespresso e L´Oreal, dois importantes embarcadores, e fazem a rota São Paulo e Rio de Janeiro.

O resultado dessa aquisição da RN Logística, que foi influenciada pelos serviços prestados à Nespresso com furgões elétricos, resultou na expansão do transporte de outros produtos da Nestlé.

A rota São Paulo ao Rio de Janeiro foi eleita devido à maior capilaridade de postos que comercializam o GNV. “Abastecemos com biometano em São Paulo e, depois, o abastecemos com biometano no Rio de Janeiro, com empresas parceiras. Mas temos o apoio de postos de combustíveis que vendem o gás nesse percurso. O veículo tem autonomia de 450 km. Então, ele sai com biometano, abastece com GNV no meio do caminho e completa com biometano no Rio”, explica Navarro.

Posto de abastecimento

Além dos dois modelos Scania R410 a gás, a RN possui dez furgões da BYD eT3. Navarro explica ainda que está estruturando dentro das dependências da empresa um posto de abastecimento a gás, o que vai lhe garantir uma redução do valor de combustível de 10% em relação ao caminhão a diesel.

Scania R410 é um caminhão 6×2. Seu motor é o OC13 de ciclo otto. Diferente dos propulsores a diesel, o 6 cilindros em linha utiliza velas de ignição. Com 12,7 litros, a novidade gera 410 cv de potência a 1.900 rpm e 204 mkgf de torque entre 1.100 e 1.400 rpm.

Obviamente, os embarcadores reconhecem o valor de uma prestação de serviço sustentável. Navarro acredita que novos contratos deverão ocorrer, até mesmo dentro da própria Nestlé, atenta à sustentabilidade e que, com isso, possivelmente a transportadora fará investimentos em novos veículos elétricos e a gás.

Scania quer reduzir a dependência do petróleo e aproveitar futuros incentivos ao GNV.

Combustível alternativo e eletromobilidade chegam aos caminhões.

Eletromobilidade no transporte

O caminhão elétrico é uma resposta das fabricantes às regras cada vez mais rígidas de emissões de poluentes. A necessidade de redução dos níveis de CO2 é tamanha que atraiu novas empresas para o setor de transportes. É o caso da sueca Volta, com o recém-apresentado HGT, e da norte-americana Tesla, com o Semi.

Vários testes e tentativas de introduzir o caminhão elétrico no Brasil foram feitas antes de a BYD chegar. A marca iniciou as operações no País em 2015. Atualmente, a chinesa oferece os modelos eT7 11.200 e o eT8 21.250 no mercado brasileiro para operações de coleta de lixo. E o furgão eT3 para o transporte urbano.

O caminhão elétrico da BYD tem baterias de fosfato de ferro lítio. Essa solução pode durar até 30 anos, segundo a marca. E a sua autonomia é de 200 km.

Operação com caminhões elétricos

Somente as 40 unidades dos caminhões eT7 e eT8 que operam na coleta de lixo em algumas cidades brasileiras deixam de emitir 14 toneladas de CO2 por mês. Esse gás é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa.

A JAC Motors é a 2ª marca a apostar na eletrificação. Em setembro, a marca lançou no Brasil o iEV1200T. O modelo é o segundo caminhão elétrico do País, mas o primeiro focado nas operações de coleta e distribuição urbana. Diferentemente do BYD eT3, que têm capacidade de carga de 720 kg, o modelo da JAC tem Peso bruto Total (PBT) de 7,5 toneladas. Seu preço sugerido é de R$ 349.900.

A autonomia do caminhão semileve é de até 250 km, se o caminhão rodar com 2 t de carga líquida. Caso trafegue com 4 t de carga líquida, o JAC iEV1200T pode percorrer 180 km entre as recargas de bateria.

Volkswagen e-Delivery: caminhão elétrico brasileiro foi adiado pra 2021.

VW e-Delivery do Brasil chega em 2021.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) iniciou em outubro a produção da pré-série do elétrico e-Delivery. O modelo, que foi desenvolvido no Brasil, está sendo feito na fábrica da empresa em Resende (RJ). As vendas terão início no primeiro semestre de 2021.

Os caminhões elétricos começaram a ser montados na fábrica-laboratório da VWCO. E as pré-séries servem para treinar os operadores da linha de montagem e do Consórcio Modular.

e-Delivery rodou 30 mil km em testes

Caminhão elétrico e-Delivery chegará ao mercado com 2 opções de Peso Bruto Total (PBT): 11 e 14 toneladas. O modelo vem sendo testado pela Ambev há pelo menos dois anos. As unidades de teste são utilizadas em operações regulares da fabricante de bebidas.

Esses caminhões operam na cidade de São Paulo. E, no início do ano, a frota elétrica atuava na distribuição de bebidas. Após a decretação da pandemia, o e-Delivery passou a ser utilizado para distribuição em supermercados.

Desde o início dos testes, a Ambev deixou de emitir mais de 22 toneladas de CO2 na atmosfera. A redução do consumo de óleo diesel passa de 6.500 litros, segundo dados da empresa.

O motor elétrico do e-Delivery gera até 260 kW (equivalentes a 348 cv) de potência. O torque é de cerca de 233 mkgf.

Graças aos bons resultados dos testes e ao arranjo técnico do e-Delivery, a Cervejaria Ambev confirmou a compra de uma frota de caminhões elétricos. O contrato prevê a entrega de 1.600 caminhões e-Delivery. (biodieselbr)

sábado, 28 de novembro de 2020

Petróleo e gás natural será a melhor aposta para recuperar a economia brasileira

Petróleo e gás natural podem ser a melhor aposta para a recuperação da economia brasileira.
Campo offshore
Existem visões distintas e divergentes sobre se e em que medida devemos fazer a transição de combustíveis fósseis confiáveis, como petróleo e gás natural, para fontes de energia mais intermitentes, como eólica e solar, isso ajudará na recuperação da economia brasileira?  

A verdade segundo jornalistas  e pesquisadores norte americanos é que não importa onde você esteja, a verdade é que interromper arbitrariamente o desenvolvimento de petróleo e gás natural prejudicaria seriamente nossa economia, colocaria em risco a recuperação pós-pandemia e nos negaria um motor de inovação crítico para tecnologias mais limpas.

A indústria de Petróleo e gás natural no Brasil

Indústria de petróleo e gás natural é um parceiro fundamental no desenvolvimento de tecnologia limpa e com eficiência energética.

A indústria gasta mais de R$ 4,5 bilhões anualmente em pesquisa e desenvolvimento, em parceria com universidades e laboratórios de pesquisa em todo o país. Esse pipeline científico e as inovações que ele traz serão interrompidos por propostas que regulam, tributam e restringem o investimento no setor.

Exportações de gás (GNL) e gás (GLP)

Há também o papel que as exportações de gás natural liquefeito (GNL) e gás liquefeito de petróleo (GLP) desempenham no avanço da economia.   Nossas exportações ajudam essas nações a reduzir sua dependência energética de países como a Rússia, que buscam aumentar sua hegemonia global por meio do comércio de energia.

O papel do Brasil como um parceiro de exportação, portanto, fortalece as relações bilaterais em regiões-chave, aumentando nossa segurança nacional no processo.

A importância do Petróleo e Gás Natural para economia brasileira

Para reforçar a importância do setor de petróleo e gás natural para economia, a EY e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) elaboraram um estudo – Relevância do Petróleo para o Brasil – que demonstra as diversas oportunidades de investimento no mercado e o valor que a indústria tem para a economia do país.

Dados do estudo reforçam que o Brasil possui reservas de petróleo e gás em abundância, ocupando o3° lugar no ranking das principais atividades econômicas e o 4° em relação às exportações, desempenhando um relevante papel para o alcance de superávit comercial.

Além disso, o mercado de petróleo e gás configura o primeiro lugar do setor industrial no que diz respeito a arrecadação de impostos federais, com impacto significativo no mercado de trabalho nacional, já que os empregos gerados pelo setor fornecem salários maiores do que a média salarial da indústria brasileira. (clickpetroleoegas)

Conhece carro elétrico de €17000 e 400 km de autonomia?

Já conhece o carro elétrico de €$ 17000 com 400 km de autonomia?
Lupa E26, o carro elétrico que custa apenas €$ 17000 e apresenta 400 km de autonomia.

O mercado dos carros elétricos está ao rubro, praticamente todos os meses surge um novo modelo de carro elétrico e cada um com preço ainda mais competitivo e acessível.

Mas o ponto que tem vindo a surpreender nestes elétricos é a sua autonomia, pois garantem excelentes valores de autonomia, para o valor que custam! E o mais recente carro elétrico e entrar neste segmento é o Lupa E26, que pertence a uma empresa espanhola.

Lupa, startup de carro elétrico.

A Lupa é uma startup espanhola que está a enveredar pelo caminho dos carros elétricos. Ainda desconhecida, já ganha destaque, especialmente por produzir carros elétricos a baixo custo.

O carro elétrico Lupa E26 já foi apresentado, mas apenas deverá começar a ser comercializado em 2023, e com uma autonomia a rondar os 400 km, a custar cerca de €$ 17000. E o melhor é que entra em pré-venda já em 2022!

Característica interessante do Lupa E26 é que a empresa também o pode vender sem bateria! Assim, o valor deste é de apenas € 9400.
Mas se optar por uma bateria, que garanta entre 320 a 400 km de autonomia em ciclo WLTP, terá que optar pela bateria de 42 kWh e o valor do carro já sobe para os €$ 17000!

O tempo de carregamento da bateria do Lupa E26 é de cerca de 8 horas, isto numa tomada normal (monofásica), mas se for para uma tomada trifásica demorará apenas 5 horas, e uma carga rápida de 80% em apenas 30 minutos, num ponto de carregamento de 100 kW!

Caraterísticas carro elétrico Lupa E26

Equiparando o segmento do Lupa E26 com outro elétrico, temos o Renault Zoe. Assim em termos de dimensões este elétrico espanhol terá cerca de 4 metros de comprimento, 1,78 metros de largura e 1,5 metros de altura, com uma distância entre eixos de 2,590 metros!

Irá ter 3 modos de condução que influenciam diretamente o desempenho do carro, bem como a sua autonomia.

Quanto ao design é “agressivo” e simplista. É cotado como um carro elétrico que irá revolucionar o mercado dos utilitários com opções a preços bem mais acessíveis.

Vídeo carro elétrico Lupa E26: https://www.youtube.com/watch?v=h29jkTaf6Us&feature=emb_logo (portal-energia)

Espanhóis criam o painel solar híbrido mais eficiente do mundo

Empresa espanhola deu a conhecer o painel solar mais eficiente do mundo

Foi a partir de uma tese de doutoramento que surgiu a empresa que agora deu a conhecer ter criado os painéis solares mais eficientes do mundo. Pelo menos é assim que o CEO e fundador dá a conhecer a empresa… na sua dissertação, Alejandro del Amo, explica que os painéis solares híbridos já existem desde os anos 70, mas ainda não se encontravam no mercado. O motivo? Não eram rentáveis!

Depois de vários anos de trabalho no desenvolvimento da sua tese, os primeiros passos levaram à construção de um protótipo aplicado numa vivenda eficiente durante o concurso Internacional Solar Decathlon 2012. Aí foi dado o início do projeto!

Depois fundou a Abora Solar, tendo durante alguns anos acumulado prémios, e também aproveitou para melhorar a eficiência do painel inicial, bem como aumentar a carteira de clientes!

Porque é o painel solar mais eficiente do mercado?

O facto de ser um painel solar híbrido, permite ter 89% mais de rendimento que os outros painéis solares. Se o comparáramos com os painéis fotovoltaicos tradicionais, o híbrido produz a mesma energia que 5 fotovoltaicos, visto que estamos perante rendimento de 17-20% frente a 89% dos híbridos.

Estes materiais estão preparados para produzir água quente e eletricidade ao mesmo tempo. Uma tarefa dupla, que lhes tem trazido cada vez mais clientes, especialmente de infraestruturas onde os dois bens essenciais têm grande procura!

A Abora destaca o aumento de quota de mercado destes painéis em “hotéis, lares de idosos, hospitais, indústrias, polidesportivos, piscinas climatizadas, vivendas multifacetadas e mesmo no setor agroalimentar”, claro em estruturas com elevados índices de consumo de água quente!

O elevado rendimento destes materiais é devido à sua inovadora tecnologia AHTech, que aproveita o máximo de energia possível que chega do Sol. Alejandro, explica o processo da seguinte forma: “a nossa tecnologia isola o painel dos dois lados, conseguindo assim que toda a energia em forma de calor perdida pelas células fotovoltaicas seja reaproveitada para o liquido que passa no interior do painel (água), aproveitando-se assim a dita energia para aquecer água”.

Painel Solar mais Eficiente.

Painel Solar mais Eficiente

Investimento rentabilizado em 4 a 6 anos

A amortização do investimento num painel fotovoltaico é a grande questão de muitas pessoas. Assim, neste caso, a empresa que comercializa este painel solar mais eficiente do mundo garante que o investimento será rentabilizado entre quatro a seis anos!

Um prazo inferior aos painéis fotovoltaicos tradicionais (que vai dos sete a nove anos para amortizar o investimento) que se deve ao maior rendimento e maior produção. Mais, também não é necessário instalar mais painéis, logo há menos investimento em painéis, mão de obra, logística e em espaço!

As energias renováveis são um mercado em alta

Para o CEO da Abora Solar, Alejandro, as energias renováveis estão em alta, e nos próximos anos surgirão novos e melhores desenvolvimentos. Diz ele que “não há nenhuma opção com mais futuro do que apostar nas energias renováveis, devido à sustentabilidade”, explica ainda que os preços são cada vez mais competitivos e por fim podemos dizer que estas energias são cada vez mais rentáveis!

Considera ainda as políticas europeias como o fator chave para o desenvolvimento das energias renováveis. A Europa tem vindo a pressionar os países para reduzirem as emissões de CO2 para a atmosfera, dando para isso apoios na forma de ajudas e subsídios, que permitem aumentar a sua rentabilidade.

Outro ponto estratégico na política da Abora Solar é o autoconsumo. Assim a empresa espanhola conclui que hoje em dia já é possível que uma família média possa apostar nessa tendência e viver à custa da sua própria energia!

“São dois pontos importantes. Por um lado, o acesso a uma tecnologia que é cada vez mais eficiente e que se comercializa a um menor custo. Por outro, hoje em dia, a energia gerada e não consumida pela habitação, seja injetada na rede e depois seja abatida na que acabamos por consumir da rede! Desta maneira já não é preciso instalar as baterias (que são caras) para acumulação de energia”, diz Alejandro del Amo. (portal-energia)

Vivo inaugura no RJ sua primeira usina de biogás para GD

Empreendimento em São Pedro da Aldeia vai produzir mais de 11 mil MWh/ano e atenderá cerca de 320 unidades da empresa na área de concessão da Enel RJ.
Usina de biogás da Vivo foi inaugurada em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro.

Com atuação pautada na sustentabilidade e nas melhores práticas em energia renovável, a Vivo inaugurou em outubro, em São Pedro da Aldeia (RJ), sua primeira usina de geração distribuída de energia com fonte de biogás. Construída em parceria com o Grupo Gera Energia, a usina está instalada em uma área de 300 m2, junto ao aterro de Dois Arcos. Irá produzir mais de 11 mil MWh/ano e atender cerca de 320 unidades consumidoras da Vivo que estão localizadas na área de concessão da Enel RJ. A usina de São Pedro da Aldeia é também a primeira em geração distribuída da Vivo a entrar em operação no estado do Rio de Janeiro, que deve receber outras cinco usinas no modelo de GD, sendo quatro de fonte solar, nos municípios de Quissanã e Seropédica. A quinta usina será de fonte hídrica e será instalada em Miguel Pereira.

A nova estrutura integra o projeto de geração distribuída da Vivo, anunciado em julho deste ano, que prevê a expansão do modelo com fontes renováveis de origem solar (61%), hídrica (30%) e de biogás (9%) para todo o Brasil. A iniciativa prevê a instalação de mais de 70 usinas em todas as regiões do País, operando em 23 estados, além do Distrito Federal. Deste total, 14 já estão em funcionamento e o restante deve estar operacional até meados de 2021. No caso da geração de energia do biogás, ocorre a conversão da energia química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão. Essa energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica, que é injetada na rede da concessionária local, neste caso, a Enel Rio.

O projeto da Vivo, como um todo, responde por mais de 80% do seu consumo em baixa tensão, atendendo mais de 28 mil unidades da empresa. Além de contribuir com o meio ambiente por ser renovável e de baixo impacto, a medida deve gerar uma economia anual importante nos gastos com energia. De acordo com Caio Guimarães, diretor de Patrimônio da Vivo, ao diversificar a matriz energética, se promove a inovação capaz de agregar valores socioambientais, econômicos, além de mitigar riscos climáticos. Segundo ele, a obtenção de energia por meio da geração distribuída, em pequenas usinas, próximas aos pontos consumidores, contribui ainda para minimizar as perdas no sistema de distribuição, além de reduzir as emissões de CO2 e evitar impactos de grandes empreendimentos no meio ambiente e comunidade.
Os investimentos no modelo GD são realizados pelas empresas contratadas, com a contrapartida de uma parceria de longo prazo com a Vivo, de até 20 anos. Com todas as usinas operando, a Vivo produzirá cerca de 670 mil MWh/ano de energia, o suficiente para abastecer todo o consumo de uma cidade de até 300 mil habitantes. Além da usina de biogás, no Rio de Janeiro, há usinas em operação pela Vivo em Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e São Paulo. A primeira usina de fonte solar foi inaugurada em junho deste ano, em Campinas, instalada em uma área de 80 mil m². Construída em parceria com a TMW Energy, a usina tem capacidade de 4,77 MW e está instalada na área de concessão da CPFL Paulista.

No Mato Grosso, a usina em parceria com a empresa Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos iniciou sua operação em março deste ano, com capacidade de 3,5 MW, produzida a partir de fonte hídrica. Também estão operacionais usinas em Goiás – uma em Rio Verde, de fonte hídrica, e outra em Bela Vista de Goiás, de fonte solar. Juntas, as usinas implantadas com a Athon Energia irão produzir cerca de 21.200 MWh/ano e abastecer mais de 700 unidades consumidoras da empresa, como lojas, torres, antenas, equipamentos de telecomunicações e escritórios na área de concessão da Enel GO.

O modelo de geração distribuída da Vivo teve início em 2018 no estado de Minas Gerais, área de concessão da Cemig com o abastecimento das mais de 3 mil estações rádio base da empresa. O projeto, em parceria com a Hy Brazil, contempla um conjunto de usinas de fonte hídrica com capacidade de 22,4 MW. Nesta segunda fase, o modelo está sendo expandido oficialmente para todo o País.  A Vivo é a primeira empresa do setor no Brasil neutra em carbono e mantém um consumo de energia 100% renovável desde 2018, iniciativa que possibilitou à empresa reduzir em 50% suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 2019.
Vivo inaugura a sua primeira usina de biogás em São Pedro da Aldeia/RJ.

Objetivos da Vivo no campo energético contemplam metas para aumento da eficiência e redução no consumo, que possibilitaram à empresa uma economia de cerca de 7% no uso de energia em 2019. Entre as medidas está o investimento na modernização da rede, com a implantação de tecnologia avançada, desligue de equipamentos obsoletos e substituição de equipamentos por ativos mais modernos, com maior capacidade de informação e igual ou menor consumo. No último ano, as inciativas da Vivo no campo da eficiência energética compensaram 120 GWh – energia suficiente para abastecer mais de 57 mil residências populares. (canalenergia)

Expansão das renováveis deixa negócios no ACL em 1º plano

Desenho de expansão das renováveis deixa negócios no ACL em primeiro plano.

Projetos no mercado livre ganharam competitividade e força nos últimos anos.
O retrato econômico e de expansão do mercado renovável direciona todas as suas atenções para o mercado livre. Em painel sobre novos modelos de negócios realizado em 29/10/2020, durante o Brazil Windpower, empresas como Casa dos Ventos e Enel Green Power revelaram que o ambiente livre vem sendo a bola da vez. De acordo com Lucas Araripe, Diretor de Projetos e Novos Negócios da Casa dos Ventos, o maior retorno está no ACL. “Hoje não se consegue enxergar projetos viáveis economicamente 100% no mercado regulado”, explica.

Nos últimos anos, a falta de certames pujantes no mercado regulados também potencializou esse incremento no ACL, em que os players viabilizavam uma parte mínima de um projeto no cativo e o restante no livre. A autoprodução foi outro modelo adotado no setor. A Casa dos Ventos nos últimos dois anos instalou 650 MW de autoprodução. Empresas de variados tamanhos podem ter acesso à energia no mesmo parque, em uma estrutura de condomínio. “Você consegue dar o mesmo benefício para a Vale e para a Vulcabrás e a Tivit”, cita Araripe.

Evolução da oferta interna de energia.

Javier Alonso Pérez, diretor de Trading e Comercialização na Enel Brasil, conta que desde o fim de 2017 a empresa abandonou o financiamento de projetos apenas pelo mercado regulado. Os últimos leilões, com preço abaixo de R$100/MWh, serviram para balizar a decisão. Segundo ele, os últimos 800 MW viabilizados pela empresa foram todos para ACL com contratos com o cliente final. Para Perez, a atratividade dos preços prevalece.

Esse novo desenho, com a região Nordeste se transformando em um grande polo de energia renovável, faz com que no futuro a transmissão ganhe mais importância, de modo que se escoe a energia de lá para o Sudeste. De acordo com Araripe, a mudança de dinâmica causada pela expansão do mercado livre é outro fator de atenção para a região. “É algo que a gente precisa pensar, mudar o paradigma. Tem que ter algo estruturante para trazer essa energia do Nordeste”, avalia.

Evolução da capacidade instalada.

No painel, Alberto Büll, advogado do Ulhôa Canto, Rezende e Guerra Advogados, sugeriu que fosse desenvolvido algum tipo de leilão de teste para baterias, para que existisse alguma diretriz nesse tema. “Seria uma disrupção absurda”, comenta. Para Araripe, o ritmo de inserção das baterias no Brasil só vai acelerar quando houver o marco regulatório, que avalie o seu valor de serviço ancilar de rampa, frequência e na transmissão. “Quanto mais tiver uma avanço regulatório para dar o valor elétrico, tem vários modelos de negócio que acelerariam a inserção das baterias”, aponta. (canalenergia)

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Emissões no setor elétrico caem 8% com pandemia

Emissões no setor elétrico caem 8% com pandemia, diz BNEF.

Consumo de carvão e emissões atingiram pico em 2019, mas reduziram com a queda na demanda pelo fator covid, e mais à frente possivelmente com o avanço da solar-eólica, veículos elétricos e maior eficiência energética.
A queda na demanda energética com a pandemia removerá o equivalente a cerca de 2,5 anos de emissões derivadas da queima de combustíveis fósseis do setor de energia até 2050, informa a edição mais recente do New Energy Outlook 2020 (NEO 2020) da BloombergNEF (BNEF). A projeção sobre a evolução do sistema global nos próximos 30 anos utiliza o Cenário de Transição Econômica e mostra que as emissões chegaram ao pico em 2019, após uma queda de aproximadamente 8% nesse ano em razão do efeito Covid, com previsão de cair a uma taxa de 0,7% a partir de 2027 até 2050.

A perspectiva se baseia na construção expressiva de plantas eólicas, a crescente adoção de veículos elétricos e maior eficiência energética em todos os setores. Juntas, as renováveis flexíveis representarão 56% da geração global de eletricidade em meados do século e, somadas às baterias, irão angariar 80% dos US$ 15,1 trilhões investidos em nova capacidade para os próximos 30 anos, de acordo com a análise.

Levantamento aponta que a eletricidade a carvão chegará ao pico na China em 2027, na Índia em 2030 e cairá para 12% da geração global em 2050. Em contraste, o gás é o único combustível fóssil que continuará em expansão ao longo de todo o período, aumentando 0,5% ao ano até 2050, crescendo 33% em edifícios e 23% na indústria onde há poucos substitutos econômicos de baixo carbono.

Apesar do progresso da transição energética e da redução na demanda causada pela disseminação do coronavírus, as emissões do setor continuam colocando o mundo na rota de um aumento de temperatura de 3,3°C em 2100, segundo a BNEF. Na visão de Matthias Kimmel, analista sênior da BNEF e coautor do relatório, para ficar bem abaixo dos dois graus de aumento na temperatura global, seria preciso reduzir as emissões em 6% a cada ano a partir desse momento. “Para limitar o aquecimento a 1,5°C, as emissões teriam que cair 10% ao ano”, arremata.

Para Jon Moore, CEO da BNEF, os próximos dez anos serão cruciais para a transição, destacando além do já citado acima, tecnologias de aquecimento de baixo carbono, tais como bombas de calor, por parte dos consumidores, e o desenvolvimento e implantação em escala de combustíveis zero carbono.

Seb Henbest, economista-chefe da BNEF e autor principal do NEO 2020, afirmou que as projeções ficaram ainda mais otimistas para as renováveis do que nos anos anteriores em função da dinâmica de custos. “O que o estudo deste ano destaca é a enorme oportunidade para a energia de baixo carbono ajudar a descarbonizar o transporte, os edifícios e a indústria – tanto por meio de eletrificação direta quanto do hidrogênio verde”, declarou.

De acordo com o estudo, a demanda total de petróleo chegará ao pico em 2035, para em seguida cair 0,7% ao ano, retornando aos níveis de 2018 em 2050. As projeções apontam ainda que os VEs devem alcançar a paridade de preço com os veículos de combustão interna nos próximos anos, até meados da década de 2020. A partir daí, a adoção acelera, diminuindo cada vez mais o crescimento da demanda por petróleo, a qual ainda virá da aviação, do transporte marítimo e do setor petroquímico.

O desaquecimento econômico global dos últimos meses logrou reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa. Segundo um estudo publicado na Nature, as emissões caíram 17% na primeira semana de abril, quando as regiões responsáveis por 89% das emissões globais de carbono estavam sob algum tipo de distanciamento social. O montante é equivalente a 17 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) a menos por dia na atmosfera terrestre.

Em última análise, o uso de energia em edifícios, na indústria e em algumas partes do setor de transporte, tais como aviação e transporte marítimo, tem poucas opções de baixo carbono competitivas em termos de custo, permanecendo, portanto, fortemente dependente de produtos de gás e petróleo. (canalenergia)