Enquanto a produção nacional se recupera da queda,
eletrificados seguem em crescimento.
Mesmo com a crise provocada pela quarentena e com
todos os empecilhos que os veículos elétricos encontram para ampliar seu
segmento dentro do mercado brasileiro de automóveis, no primeiro semestre deste
ano conseguiram bater um recorde de vendas, aumentando 221% com respeito do
mesmo período do ano passado.
Uma
pesquisa feita pelo site Webmotors revela que em 2019 71% dos entrevistados pretendiam adquirir um
novo veículo no primeiro semestre de 2020. Apesar de que 64% decidiu
prorrogar a compra para os próximos 6 meses pelas incertezas financeiras, em
maio deste ano a intenção de trocar o veículo ou adquirir um continuava alta,
chegando a 89% dos entrevistados.
Ainda
quando a intenção de compra parece ser alta é inegável a contração dos
indicadores de produção e vendas da indústria automobilística. A pandemia
provocou um grande impacto neste setor da economia, que recém está chegando aos
números que previa alcançar em maio deste ano e continua com a previsão de
recuperação lenta e uma queda de 40% das vendas.
Na
comparação entre o mês de agosto e setembro deste ano houve uma recuperação de 4,4% na produção de veículos, segundo mês de crescimento
desde o auge da quarentena. Ainda assim, os indicadores da ANFAVEA (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam que os resultados
deste mês ficaram 11% abaixo ao comparar com setembro/2019.
Apesar da pandemia ter afetado negativamente a indústria automobilística e do prognóstico de recuperação lenta o segmento de veículos elétricos (VEs) parece não ter sido impactado: o acumulado de vendas deste tipo de veículos entre os meses de janeiro e junho mostram um aumento de 221% respeito ao mesmo período do ano passado, em 2019 foram vendidos 2356 veículos elétricos puros, veículos híbridos plug-in e híbridos não plug-in, segundo informes da Anfavea em parceria com o RENAVAM.
Claro que os números revelam que no auge da imprevisibilidade gerada pela quarentena houve uma queda na compra de veículos elétricos, assim como na compra de todos os itens comercializados. Nos primeiros três meses do ano mais de 1500 carros eram vendidos, mas em abril esse valor caiu para 442 e em maio aumentou em apenas 159, foi somente em junho que as vendas superaram a barreira dos mil. O acumulado neste período de 2020 foram 7568 automóveis vendidos e emplacados no RENAVAM.
Embora
a quantidade de veículos elétricos que forma parte da frota brasileira é
reduzida, atualmente tanto as condições de produção quanto as de venda estão
melhorando, e com isso é muito provável que os números continuem em aumento,
apesar da situação.
Quais
são os veículos elétricos oferecidos atualmente no país?
Se
compararmos com as ofertas de veículos de combustão, a quantidade de veículos
elétricos disponível no mercado nacional é muito pequena, são apenas vinte:
1. Audi
e-tron Sportback
2. BMW 330e M Sport
3. BMW 530e
4. BMW 745Le M Sport
5. BMW i3
6. BMW X3 30e
7. BMW X5 xDrive 45e M Sport
8. Chery Arrizo 5e
9. Chevrolet Bolt
10. JAC iEV20
11. JAC iEV330P
12. JAC iEV40
13. JAC iEV60
14. Jaguar I-Pace
15. Nissan Leaf
16. Mercedes-Benz EQC
17. Renault Zoe
18. Porsche Taycan 4S
19. Porsche Taycan Turbo
20. Porsche Taycan Turbo S
Venda de carros elétricos dispara e atinge crescimento de 221% no 1º semestre/2020.
De
acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea), o mercado de carros elétricos e eletrificados registrou alta no fim
do primeiro semestre. Durante os seis primeiros meses de 2020, foram vendidos
7.568 veículos elétricos puros (100% a bateria), veículos híbridos plug-in e
híbridos não plug-in.
Os
veículos elétricos são comercializados com preços desde R$ 140.000 e até
por mais de R$ 800.000, valores que para muitos são um impedimento, mas
que podem ser compensados pelos benefícios que oferecem. Porém os principais
impedimentos para a evolução deste segmento do mercado automobilístico é a
falta de infraestrutura e o mantimento dos veículos, que conta com pouco
pessoal capacitado e reduzido atendimento, dependendo da região.
Neste
sentido, a BMW além de oferecer diversos modelos eléctricos, com os atributos
característicos da marca, esportivos eficientes com muita tecnologia envolvida,
também empreende em infraestrutura para que a recarga seja possível. Tem
instalado pontos em supermercados, shopping, postos de combustíveis e em locais
de diversos parceiros estratégicos. Além do mais, oferece pontos de recarga que
estão instalados entre as duas maiores cidades do país, Rio de Janeiro e São
Paulo, facilitando o dia a dia dos seus clientes que possuem estes automóveis.
Assim
como quase tudo, veículos elétricos também oferecem vantagens e desvantagens.
Não basta prezar pela consciência ambiental; considerar a tecnologia de ponta
que é oferecida; ponderar a potência, a autonomia e a velocidade máxima do
veículo. No momento de fazer a compra de um carro elétrico também é importante
considerar o valor da cobertura total do seguro auto, que para estes casos pode ser
maior que a de um tradicional veículo de combustão. Não só pelo preço em si do
veículo, mas também pelo fato que o país ainda não conta com uma boa
infraestrutura para a manutenção deste tipo de automóvel e que a maioria deles
são importados.
A
frota de veículos eletrificados é pequena, apenas chega a superar os 30000 em
junho. Porém a quantidade de automóveis comercializados desde 2012 vem
aumentando exponencialmente e se espera que os números sigam crescendo, segundo
a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico).
Com todas as desvantagens de infraestrutura, a inversão inicial para adquirir um veículo elétrico, os prognósticos negativos para o mercado de carros e a instabilidade financeira desta época este segmento automobilístico está em pleno crescimento. E muito contribui a isto os projetos de eletromobilidade que se pretende desenvolver e a preferência por veículos amigáveis com o meio ambiente. Por outro lado, o fato de existir, desde o final do ano passado, veículos produzidos no país, o que implica uma redução nos impostos, favorece a expansão deste segmento, assim como a quantidade de modelos ofertados ao público.
(ecodebate)
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