O órgão interministerial
Comitê RenovaBio, que terá sua primeira reunião sobre "diesel verde"
no próximo dia 30, apresentará sua proposta em momento em que o setor de
combustíveis discute a melhor forma de inserir o produto no mercado.
Em uma audiência pública
realizada nesta quinta-feira pela reguladora ANP, integrantes do setor
debateram o assunto, visando esclarecer as diferenças entre o biodiesel, de
mistura obrigatória no diesel no Brasil em nível de 12%, e o "diesel
verde".
Segundo nota do ministério, "respeitando a política energética vigente, a proposta de regulamentação da Agência permite que o diesel verde seja misturado ao óleo diesel comercializado em qualquer proporção, resguardando o teor compulsório de biodiesel definido pelo CNPE".
"Nesse sentido, o diesel verde poderá ser adquirido pelos agentes autorizados com base na sua estratégia comercial e respeitando a regulação do setor."
O movimento também ocorre no
momento em que a Petrobras aguarda uma regulamentação para eventualmente
deslanchar investimentos no chamado "diesel verde", que seria obtido
pelo coprocessamento do diesel fóssil com óleos vegetais.
A estatal já anunciou que
realizou com sucesso testes em escala industrial para a produção do
combustível, via coprocessamento.
O coprocessamento, contudo,
não resulta em um produto que pode ser comparável ao biodiesel, afirma a
indústria do biocombustível.
O biodiesel é todo feito a
partir de produtos renováveis.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) defendeu que o "diesel verde" tenha um mandato próprio, em separado do biodiesel, porque são "produtos completamente diferentes".
Já o IBP, associação da indústria de petróleo, avalia que a regulamentação do novo produto no Brasil deva ser elaborada com vistas a tratar de maneira isonômica o "diesel verde" e o biodiesel de base éster. (noticiasagricolas)
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