terça-feira, 10 de maio de 2022

Brasil sobe para 6º lugar em ranking mundial de eólicas

Dados do Global Wind Energy Council (GWEC) mostram segundo melhor ano da história para a fonte e que país foi o terceiro que mais instalou aerogeradores em 2021.

Brasil sobe posição em ranking global de produção de energia eólica.

Relatório do Conselho Global de Energia Eólica aponta que país tem a 6ª maior capacidade total instalada de energia gerada pelo vento; há 10 anos, estava em 15º lugar.

Usina de Energia Eólica (UEE) em Icaraí, no Ceará (CE).

Com um histórico de crescimento constante por 10 anos, o Brasil chegou a uma posição inédita no Ranking Global de Energia Eólica.

Em 2021, o Brasil passou a ocupar o 6º lugar Ranking de Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore – ou seja, em solo – ante a 7ª posição 2020. Em 2012, o país ocupava a 15ª posição.

O relatório, com dados analíticos sobre o mercado mundial de produção de energia gerada pelo vento, é divulgado anualmente pelo Conselho Global de Energia Eólica (em inglês, Global Wind Energy Council – GWEC) e utilizado por empresários e autoridades do setor para nortear seus negócios e tomadas de decisão.

De acordo com o documento, os países com as maiores capacidades totais instaladas “onshore” são a China, os Estados Unidos e a Alemanha. Em seguida, estão a Índia e a Espanha, imediatamente antes do Brasil.

No que diz respeito a capacidade energética, a China leva, de longe, o primeiro lugar com 310,6 GigaWatts instalados, mais da metade da capacidade dos EUA: 134,3 GW. Já o Brasil tem 21,5 GW de capacidade. Em 10º lugar, último do ranking, está a Suécia, com 10 GW instalados.

Para se ter uma ideia, de acordo com a ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, uma capacidade instalada de cerca de 20 GW pode abastecer 28,8 milhões de casas e beneficiar 86,4 milhões de habitantes.

No Brasil, a energia eólica é a segunda maior fonte da matriz energética do país. Com 10,8% de participação, fica atrás apenas da energia Hidrelétrica – gerada a partir da água – que responde por cerca de 54% de toda a energia do Brasil.

Segundo Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, o Brasil já conta com 795 parques eólicos.

“Já são mais de 9.000 aerogeradores em operação e a energia eólica é a segunda fonte da matriz elétrica do país. Considerando o que já temos em contratos assinados, vamos chegar a 2026 com pelo menos 36 GW. Ainda podemos subir mais um pouco neste Ranking e temos grandes chances disso”, comentou Gannoum.

Há ainda outro ponto positivo para os brasileiros. Em 2021, assim como em 2020, o Brasil também foi o terceiro país que mais instalou usinas eólicas, ficando apenas trás da China e dos Estados Unidos.

Panorama global

Em 2021, a indústria eólica global teve seu segundo melhor ano, com um crescimento de 12% da capacidade total instalada. Agora, o mundo opera com uma capacidade de 837 GW.

Segundo o GWEC, o fato é que, apesar de ser uma evolução positiva, o crescimento desta capacidade precisa quadruplicar até 2030 para poder permanecer dentro da meta de aumentar no máximo até 1,5ºC a temperatura global e zerar as emissões líquidas de gases estufa até 2050.

Brasil ainda não tem usinas eólicas em alto mar, porém o licenciamento no IBAMA de parques eólicos offshore ultrapassou os 106 GW.

Assim, faz-se necessário um crescimento mais rápido e amplo, capaz de assegurar uma transição energética global segura e resiliente. (cnnbrasil)

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