A
americana Whirlpool, fabricante de produtos da linha branca e dona de marcas
como Brastemp e Consul, deu mais um passo em direção às metas de
sustentabilidade. A companhia acaba de receber certificação internacional que
atesta 100% do uso de energia limpa - como eólica, solar e hidrelétrica - em
duas de suas três fábricas no Brasil.
Com
isso, a empresa deixará de emitir 6 milhões de toneladas de CO2 em
2022, uma redução de 31% em relação ao nível do ano anterior. A iniciativa se
enquadra na meta global da companhia de alcançar a neutralização das emissões
de carbono em 2030.
A
nova certificação passou a valer em janeiro para as fábricas de Manaus (AM) e
Rio Claro (SP). A unidade de Joinville (SC) só alcançará a marca de 100% de uso
de energia limpa em 2024. Hoje, o índice é de 85%. O escritório do grupo, na
capital paulista, já havia sido certificado em novembro.
— Em
Joinville, já temos pré-acordos firmados (para uso de energia limpa) — diz
Cristiano Félix, gerente sênior de meio ambiente, saúde e segurança do trabalho
para a América Latina.
Bernado
Gallina, vice-presidente de assuntos jurídicos, de compliance e corporativos da
Whirlpool para América Latina, ressalta que a decisão de comprar energia
somente de fontes limpas é mais uma questão de valor para a empresa do que de
redução de custos, tanto que a companhia passou a gastar 10% mais com a
mudança:
— No fim das contas, a ideia é consumir menos energia e reutilizar os recursos dentro da empresa para ser mais sustentável. Reduzir em 31% as emissões de CO2 é o equivalente a plantarmos 43 mil árvores. Em 2024, com a certificação de Joinvile, a redução das emissões vai chegar a 50% (em relação a 2021).
Eficiência energética
Paralelamente
à certificação internacional pela compra de energia limpa, a fabricante
Whirlpool também tem investido na eficiência energética de seus produtos.
Segundo
a companhia, mais de 90% dos produtos fabricados são classificados como
"A", de acordo com o selo Procel de economia de energia. Na escala do
Procel, "A" é o mais eficiente.
Douglas
Reis, diretor de ESG e assuntos regulatórios para a América Latina, diz que
poucos produtos ainda possuem classificação "B" e que não há produtos
com selo "C".
Na
esteira das práticas ESG, a companhia também atrela bonificações de executivos
às metas nas três esferas da sigla: ambiental, social e governança. O
desempenho nessas áreas é avaliado regularmente, com reuniões bimestrais das
quais paticipam altos executivos.
As reuniões ocorrem no âmbito do Comitê ESG, recém-reformulado e que abrange a região da América Latina. Outras regiões de atuação do grupo no mundo também seguem seus comitês.
— Nessas reuniões, cada um dos pilares ESG tem que ser apresentado não só sobre o que [os executivos] já fizeram, como os compromissos futuros, listando os custos envolvidos e a priorização de projetos — diz Reis. (extra.globo)
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