O acordo entre as duas
montadoras prevê ainda o estabelecimento de um padrão internacional de
qualidade, uniformizando componentes e processos para produção de baterias. A
ideia é alcançar maior produtividade e economia de escala para carros
elétricos.
“Este é um passo fundamental
para o cumprimento do nosso compromisso de alcançar a neutralidade em carbono
de nossos produtos e operações globais até 2040 e eliminar as emissões dos
automóveis nos EUA até 2035”, disse Mary Barra, CEO da GM, em comunicado à
imprensa. “Trabalhando juntos, colocaremos pessoas ao redor do mundo a bordo de
EVs mais rápido do que qualquer empresa alcançaria por conta própria.”
O presidente e CEO da Honda, Toshihiro Mibe, acredita que a produção de carros elétricos mais baratos é essencial para que a neutralidade global em carbono seja alcançada até 2050. “Esta nova família de EVs mais acessíveis se baseará neste relacionamento, elevando nosso poder de desenvolvimento e produção de veículos compactos de alta qualidade”, disse o executivo, também em comunicado à imprensa.
Mary Barra, presidente da General Motors.
Aposta em bateria de estado
sólido
No plano, GM e Honda planejam
viabilizar alternativas para as baterias de íon-lítio e, assim, reduzir seus
custos de produção. A montadora americana já trabalha com a possibilidade de
adotar as baterias de estado sólido em 2025, com a previsão de aumentar a média
de autonomia de seus elétricos para entre 800 e 1.000 quilômetros. Já a Honda
segue o mesmo caminho, avaliando-as como centro da política para EVs no futuro.
Mais densas do que as de íon-lítio, as baterias de estado sólido prometem maior alcance e retêm maior nível de energia, mantendo 90% da capacidade após em torno de 5 mil ciclos de recarga — para se ter uma ideia, as de íon-lítio já começam a desgastar depois de mil ciclos.
América do Sul na mira
A CEO da GM mencionou ainda a
possibilidade de tais carros elétricos virem para a América do Sul. Ela não
cita o Brasil como destino, mas é bem provável que o país esteja entre um dos
destinos da nova linha. “A GM e a Honda vão compartilhar o que tem de melhor em
termos de tecnologia, design e manufatura para oferecer uma linha atrativa e
mais acessível de veículos elétricos em escala global, incluindo nossos
principais mercados na América do Norte, América do Sul e China”, ressaltou.
GM e Honda trabalham juntas há
quase uma década. Em 2013, as companhias americana e japonesa iniciaram o
desenvolvimento conjunto de um sistema de célula de combustível para o
armazenamento de hidrogênio. Recentemente, a dupla também anunciou a construção
de dois carros a bateria com a plataforma Ultium: o SUV elétrico Prologue e o
primeiro elétrico da Acura, o ADX — este último contará com a mesma base do
Cadillac Lyriq, inclusive. (olhardigital)
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