segunda-feira, 22 de abril de 2013

Tabaco e a produção de biocombustivel

Novo tipo de tabaco pode ser usado na produção de biocombustíveis
Semente de planta que permite utilização em óleo vegetal, cosméticos e ração animal é testada em Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.
Voltado para a produção de biodiesel, o tabaco energético é testado de forma experimental no Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. A planta tem baixíssimo teor de nicotina e é rica em óleo.
Chamado de tabaco energético, foi desenvolvido pela empresa italiana de biotecnologia Plantechno. Em 2007, a também italiana Sunchem passou a fazer testes em escala mundial. No fim de 2011, o tabaco energético foi plantado na propriedade de 10 hectares de Nelson Tatsch, na localidade de Rincão Del Rey, em Rio Pardo. O cultivo é uma parceria entre a M&V Participações e a Sunchem. De acordo com o coordenador do projeto, economista Sérgio Camps de Morais, a primeira colheita deve ocorrer no fim do mês.
"Apostamos como uma fonte de diversificação para a produção de fumo. De nenhuma forma queremos substituir o tabaco convencional, mas com as fortes pressões de combate ao tabagismo, o tabaco energético pode ser uma ótima alternativa de renda aos fumicultores", afirma.
Na comparação com a soja na produção de biodiesel, acrescenta Morais, o fumo tem vantagem porque não é destinado à alimentação.
O tabaco convencional tende a ser mais rentável do que o energético. Mas como a produção da nova planta pode ser intercalada com a safra convencional, já que é mais resistente, a expectativa dos pesquisadores é que os fumicultores plantem as duas variedades. "Mesmo com a estiagem e duas fortes geadas, o fumo se recuperou muito bem", relata o produtor Nelson Tatsch.
A produção é vista com otimismo pelo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil, Benício Werner. O dirigente entende que, além de ampliar práticas sustentáveis, a produção tem potencial para a geração de renda.
Compare as duas culturas:
Convencional
Ciclo produtivo:
plantio começa em agosto e a colheita, em janeiro
Produtividade: 2 toneladas/hectare
Lucratividade: R$ 10 mil por hectare
Uso: exclusivo para produção de cigarros
Energético
Ciclo produtivo: como a planta é resistente, produtor pode escolher em que mês iniciar o plantio
Produtividade: de seis a 10 toneladas/hectare
Lucratividade: R$ 5 mil por hectare
Uso: produção de biocombustíveis, óleo vegetal, cosméticos e ração animal (revista.pensecarros)

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