Agricultores do RS testam variedade de tabaco destinada ao
biodiesel
Lavoura necessita de menos mão-de-mão no cultivo.
Proposta é extrair o óleo das sementes para a fabricação de
biocombustível.
Quem olha a lavoura de tabaco no município de Rio Pardo,
interior do Rio Grande do Sul, pode até pensar que se trata de mais uma
propriedade voltada a produção de fumo, mas não é o caso. O agricultor Nelson
Tatsch plantou 10 hectares de tabaco energético, uma variedade da planta
voltada a fabricação de biocombustível. "O tabaco energético está se
mostrando economicamente interessante para o pequeno produtor”, diz.
A lavoura ainda é experimental, mas a ideia é gerar renda
através da extração do óleo vegetal das sementes do tabaco. Sérgio Campos de
Moraes é o responsável pela implantação no Sul do país. A variedade da planta
foi criada em laboratório por uma empresa italiana há nove anos.
"Esta variedade está patenteada mundialmente em mais de
50 países, inclusive no Brasil, e a folha dela não produz nicotina suficiente
para que se possa produzir cigarros ou fazer fumo”.
A principal diferença em relação ao tabaco tracicional do
Rio Grande do Sul é a quantidade de cachos produzidos. O número de sementes
pode ser duas ou três vezes maior. Como a intenção não é usar as folhas, o
manejo também é considerado mais fácil, assim como a mão-de-obra ao plantar e
colher. Além disso, a cultura possibilita que sejam retiradas as sementes das
plantas várias vezes por ano.
A estimativa é de que o tabaco energético renda cerca de R$
5 mil por hectare ao ano, a metade do arrecadado, em média, com o fumo. A
intenção do projeto é implantar mais mil hectares de tabaco energético no Rio
Grande do Sul até 2014, quando deve ser instalada uma usina de fabricação de
óleo vegetal na região do Vale do Rio Pardo.
Além do Rio Grande do Sul, uma lavoura experimental de
tabaco energético também foi implantada em Minas Gerais. (g1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário