A britânica BP, uma das
grandes companhias petroleiras do mundo, apresentou em 15/09/2020 sua
estratégia para 2030. A multinacional segue a tendência de redução de carbono
em suas atividades onde o petróleo assume um papel cada vez menor, mas continua
no portfólio de produtos. São temas como eletricidade de baixo carbono,
hidrogênio e CCUS (acrônimo em inglês para captura de carbono, utilização e
armazenamento) bioenergia e integração do gás natural, ganham mais espaço.
Os números apresentados pela
empresa em seu evento BP Day, realizado de forma online, apontam que em
desenvolvimento de fontes renováveis a multinacional projeta passar de 2,5 GW
para 50 GW ao final desse período. Um crescimento de 20 vezes o reportado no
ano passado. Em energia elétrica negociada o volume projetado é o dobro,
passando dos 250 TWh para 500 TWh. Mesma perspectiva de crescimento em GNL que
estava em 14,9 Mtpa para 30 Mtpa. Em bioenergia a elevação é de 22 Kbd para
mais de 100 Kbd.
Esses dados foram
apresentados pelo vice-presidente executivo da área de Gás e Energia de Baixo
Carbono, Dev Sanyal, que ressaltou a visão da empresa de ser líder de mercado
nesses segmentos ao final desse período.
O Brasil apareceu com destaque no portfólio da BP tanto em gás com as usinas do Porto do Açú, da GNA onde a empresa tem participação, e também em bioenergia por conta de biocombustíveis e a produção de etanol de cana de açúcar.
Califórnia investe para limpar matriz de combustíveis.
Em geração de energia
elétrica, contudo, o maior volume de projetos em desenvolvimento encontra-se
nos Estados Unidos e na Europa com 9 GW e 7 GW de potência instalada,
respectivamente. Na América Latina são 2 GW, mesmo volume verificado na Ásia e
200 MW no Oriente Médio/África. A fonte
predominante é a solar com 83% desse total, a eólica vem distante com 15% e 2%
de bioenergia.
Sanyal ressaltou que esse
portfólio apresenta características que colocam a empresa com confiança na
expansão e rentabilidade. Ele relatou que estão localizados em mercados de
crescimento rápido. Que a BP possui a capacidade e o conhecimento para implementação.
Considera esse um pipeline robusto e que estão confiantes de retorno sobre o
investimento em índices que variam de 8% a 10%.
Para terminar, a BP também
atua em uma nova área no sentido de seguir à descarbonização da matriz
energética. É por meio do atendimento a cidades, países e corporações. No foco
da empresa estão sistemas de mobilidade, eficiência energética e sistemas de
energia, que apresentam um potencial ao passo que as cidades vêm buscando
melhorar a qualidade de vida, com menor emissão de carbono nesses ambientes
cada vez mais complexos e mais populosos, destacou a BP em seu evento anual,
citando exemplos na cidade de Aberdeen (Reino Unido), Houston (Estados Unidos)
e a meta do governo da Tailândia em mudar sua capital que atualmente é Jacarta.
Já em cooperação no nível corporativo, destacou o contrato recém fechado com a Microsoft voltada para a digitalização de sistemas de energia e a redução de emissões de ambas companhias. A ideia nesse acordo é de que a Microsoft alcance as metas de gases de efeito estufa até 2025. O acordo engloba além de Estados Unidos e Europa, a América Latina.
PDE 2029: expansão do sistema vai demandar investimentos de R$ 456 bilhões.
Parcela de renováveis na matriz elétrica vai cair ao longo da próxima década, mesmo com o crescimento das fontes eólica e solar. (canalenergia)
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