Nem
todos, porém, conhecem as vantagens e as desvantagens de cada alternativa,
principalmente quando se fala das novas tecnologias de eletrificação.
Para
conferir o conhecimento e a opinião dos brasileiros em relação a esse tema,
fizemos a pesquisa QUATRO RODAS Carros Elétricos.
O estudo foi realizado pela Inteligência Abril em parceria com a empresa Mind Miners e ouviu 3.000 pessoas (homens e mulheres maiores de 18 anos) via web, entre os dias 13/12/2019 e 12/01/2020.
Tesla e Toyota alternam o primeiro lugar na mente do consumidor.
Os
pesquisadores quiseram saber qual a primeira marca de automóveis que vem à
mente do consumidor quando ele pensa em carro elétrico e o nome que surgiu foi
o da Tesla, empresa que não atua no Brasil e nem é a maior fabricante de carros
elétricos do mundo, mas se tornou referência quando o assunto é
eletromobilidade graças a produtos inovadores como a recém-apresentada picape
Cybertruck.
A Tesla foi lembrada por 26% dos entrevistados. Em segundo lugar, com 18%, veio a Toyota, que é reconhecida mundialmente, e no Brasil também, como fabricante de modelos híbridos como o Prius. Em terceiro, ficou a Fiat, com 6% das citações.
Qual é a primeira marca que vem à sua mente quando pensa em carros elétricos?
Homens
- Tesla (41%)
Mulheres
- Toyota (17%)
Pessoas
em geral de 18 a 44 anos - Tesla (28%)
Pessoas
em geral com mais de 44 anos - Toyota (23%)
Comparativo
A
pesquisa apontou as principais diferenças percebidas pelos internautas entre os
carros elétricos e os modelos convencionais equipados com motores que queimam
gasolina, etanol ou diesel, sob diversos aspectos como desempenho, rendimento,
vida a bordo, custos e impacto ambiental.
O
aspecto em que houve maior concordância entre o público foi o nível de ruído do
carro elétrico, reconhecido como menor por 93% dos entrevistados.
Acreditam
que:
Carros
elétricos reduzem a emissão de gases no perímetro urbano, deixando a cidade
mais limpa - 80%.
É
preciso tomar mais cuidado ao dirigir um carro elétrico, pois pedestres e
ciclistas podem não ouvir a aproximação do veículo - 43%.
Carros
elétricos podem poluir mais do que os movidos a combustível - 9%.
Comparado
ao carro movido a gasolina, etanol ou diesel:
Carros
elétricos são mais silenciosos - 93%.
Carros
elétricos trazem mais conectividade e tecnologia embarcada - 78%.
O
gasto com a manutenção de carros elétricos é menor - 49%.
Carros
elétricos alcançam a velocidade desejada mais rápido - 47%.
Os
entrevistados acreditam que:
Carros
elétricos têm melhor aceleração que um convencional equivalente - 31%.
Carros
elétricos têm isenção de rodízio na minha cidade (São Paulo) - 16%.
Carros
elétricos têm desconto do IPVA na minha cidade (estados com desconto) - 20%.
Cidade
e estrada
11%
dos comentários espontâneos foram relacionados às baterias e à autonomia dos
carros elétricos.
“Os
modelos atuais estão projetados praticamente para utilização urbana, esquecendo
que em feriados prolongados e férias a maioria tem por hábito viajar de carro
com a respectiva família”, disse um dos entrevistados.
“Acredito
que híbridos sejam a melhor alternativa para uso urbano e em viagens longas,
podendo usar o motor como gerador e propulsor”, afirmou outro.
A
pesquisa detectou também que os motoristas se sentem inseguros quanto à
infraestrutura das cidades. Os mais confiantes são os moradores do Ceará,
estado em que 16% afirmaram que sua cidade oferece suporte adequado (postos de
recarga, oficinas especializadas etc.).
E
os mais descrentes são os motoristas de Goiás, onde apenas 1% considera a
infraestrutura pronta. De modo geral, a maior preocupação dos motoristas recai
sobre as viagens mais longas, nas estradas.
E
94% dos motoristas consideram uma autonomia de 300 km suficiente para carros
elétricos no uso diário, mas 79% acreditam que esse rendimento fica aquém do
necessário nas viagens.
Os
entrevistados declaram que:
Diariamente,
rodam menos que a autonomia dos elétricos* - 94%.
Em
viagens, rodam mais que a autonomia dos elétricos* - 79%.
Os
entrevistados acreditam que:
Carros
elétricos ainda NÃO têm autonomia suficiente - 35%.
Demoram
muito para carregar - 32%.
Não
é possível viajar com um carro elétrico - 16%.
Não
atendem às necessidades atuais – 12%.
Acreditam que a cidade oferece suporte adequado para carros elétricos (postos de recargas, mecânicos especializados etc.).
Preço
O
alto valor de compra dos carros elétricos foi o tema mais comentado
espontaneamente pelos entrevistados. Pensando na intenção de compra, a pesquisa
levantou qual seria a pretensão dos consumidores em dois cenários: No primeiro,
o carro elétrico figurava com preço ao menos 60% mais caro que seu similar
convencional.
O
resultado foi que mais da metade do universo dos entrevistados não compraria um
carro elétrico. No segundo caso, com o carro elétrico tendo preço equivalente
ao de um modelo convencional, 75% dos entrevistados mudaram de ideia,
respondendo que provavelmente comprariam.
Carro Elétrico 60% mais caro – Comprariam um carro elétrico – Preço equivalente Elétrico X Convencional
Conclusão
A
pesquisa dividiu os motoristas em quatro grupos. O grupo Baixo Conhecimento é
formado por dois subgrupos: os que se julgam desinformados, mas acreditam que o
carro elétrico será bom para o meio ambiente, e os que desconfiam não haver
interesse das empresas e do governo nesse tema.
O
grupo Futuro inclui motoristas que entendem que a tecnologia ainda não está
consolidada. Entre eles há alguns que são apaixonados pelos roncos dos motores
a combustão.
Os
Entusiastas são os que gostam de tecnologia e uma parte deles espera ter um
carro assim um dia.
E entre os Pessimistas há os que acreditam que os carros elétricos não são a solução ideal e os que apostam em outras tecnologias. Os dois primeiros, Baixo Conhecimento e Futuro, são os que reúnem o maior contingente de pessoas, enquanto Entusiastas e Pessimistas são minoria.
Carro elétrico no Brasil precisa de mais incentivo.
Baixo
Conhecimento
Não
é a solução ideal devido a infraestrutura, matriz energética ou
sustentabilidade das baterias.
Apostam
em outras alternativas como híbrido ou hidrogênio.
Futuro
Julgam-se
desinformados. Em geral, acreditam que será bom para o meio ambiente.
Julgam
que não existe informação por interesse de grandes empresas e governo. São
desconfiados.
Entusiastas
Valor
investido precisa diminuir.
Tecnologia
e infraestrutura precisam evoluir.
Apaixonados
por barulho.
Pessimistas
Experiência
aprovada com elétrico ou híbrido.
Aguardam a oportunidade para ter o seu elétrico.
(4rodas)
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