segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Reino Unido desenvolveu reator solar para fotossíntese artificial

Pesquisadores do Reino Unido desenvolvem reator solar para fotossíntese artificial.
Equipamento converte dióxido de carbono e água em oxigênio e ácido fórmico, sem a necessidade de nenhum componente adicional, nem mesmo eletricidade.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram um reator solar que converte dióxido de carbono (CO2) e água em um combustível neutro em carbono, sem a necessidade de nenhum componente adicional, nem mesmo eletricidade. O aparelho autônomo representa um passo significativo para chegar à fotossíntese artificial, um processo que imita a capacidade das plantas de converter a luz solar em energia.

A novidade é uma maneira promissora de reduzir as emissões de carbono e substituir os combustíveis fósseis. No entanto, tem-se mostrado difícil produzir esses combustíveis limpos sem subprodutos indesejados.

A responsável pela pesquisa da Universidade de Cambridge, Qian Wang, construiu uma espécie de “folha artificial”, uma pequena placa que coleta a energia solar e a utiliza para converter CO2 e água em oxigênio e ácido fórmico – um combustível armazenável que pode ser usado diretamente ou convertido em hidrogênio.

Protótipo do reator, que só precisa de luz solar, água e o CO2 do ar para produzir combustível limpo.

“Essa nova técnica tem potencial para ser escalonada, podendo ser usada em “fazendas de energia” semelhantes às fazendas solares, produzindo combustível limpo”, explica.

A mesma equipe desenvolveu no ano passado um projeto de folha artificial, que também usa luz solar, dióxido de carbono e água, mas para produzir um combustível, conhecido como gás de síntese. Já a nova tecnologia produz ácido fórmico.

Ao contrário da folha artificial original, o novo reator dispensa o uso de componentes de células solares, usando apenas fotocatalisadores. Elas são feitas de pós semicondutores, que podem ser preparados em grandes quantidades de forma fácil e econômica.

A nova tecnologia também é mais robusta e produziu um combustível limpo, mais fácil de armazenar e com potencial para melhorar a eficiência da folha artificial – atualmente em 8% – para viabilizar qualquer implantação comercial. Segundo a equipe de pesquisa, o ideal é se livrar do tântalo e do ródio usados na catalisação – o primeiro por ser altamente tóxico, e o segundo por ser raro e caro.

Reator imita plantas para produzir combustível solar.

Para melhorar a estabilidade e a eficiência, a equipe está experimentando uma variedade de catalisadores diferentes. (portalsolar)

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