Estes painéis
solares transparentes podem ser usados como revestimento de edifícios, pois as
suas células solares transparentes de cor neutra atingiram um recorde de
eficiência de 8,1% e 43,3% de transparência num design orgânico baseado em
carbono em vez do silício tradicional.
Ainda assim, as
células destes painéis solares transparentes têm uma ligeira tonalidade verde,
mas muito parecido ao toma que se usa em óculos de sol e nos vidros dos
automóveis.
A aplicação
ideal para este tipo de painéis solares é janelas de fachadas de edifícios,
pois estas células solares orgânicas oferecem algo que o silício não pode
oferecer, que é a combinação de elevada eficiência com uma elevada
transparência visível. As conclusões foram retiradas pela equipa de investigação
liderada por Stephen Forrest, professor de Engenharia.
Edifícios com
fachadas de vidro podem ter um revestimento que reflita e absorva parte da luz,
tanto a parte visível como a de infravermelhos do espetro, reduzindo a
luminosidade e aquecimento dentro do edifício. Mas em vez de eliminar
totalmente essa energia, os painéis solares transparentes podem reconduzir a
energia para suprimir as necessidades energéticas do edifício.
A transparência
de algumas janelas é semelhante à transparência das células solares. Assim, o
novo material desenvolvido e a estrutura do dispositivo que foi construído,
tiveram que ser equiparados com recurso a várias compensações, garantindo ao
mesmo tempo uma boa absorção da luz solar, elevada voltagem, alta corrente,
baixa resistência e transparência de cor neutra.
O novo material
é uma combinação de moléculas orgânicas criadas para serem transparentes no
espetro visível e absorver no espetro infravermelho, uma parte invisível do
espetro responsável por grande parte da energia da luz solar. Mais, foram
desenvolvidos revestimentos óticos que permitem aumentar tanto a energia gerada
pela luz infravermelha como pela transparência do espetro visível, sendo estas
duas qualidades que costumam competir entre si.
A versão de cor
neutra do dispositivo foi criada com recurso a um elétrodo de óxido de índio e
estanho. Foi também testado um elétrodo de prata que melhorou a eficiência em
10,8% com 45,8% de transparência. Só que a tonalidade verde dessa versão não é
aceitável para se aplicar em janelas.
As células
solares transparentes são avaliadas pela sua eficiência de utilização da luz,
que descreve a quantidade de luz que chega à janela é convertida em
eletricidade ou como luz transmitida para o interior.
Produção de
painéis solares transparentes
As duas versões
dos painéis solares transparentes, com células de óxido de índio e estanho e
com células de prata, podem ser fabricadas em grande escala, com recurso a
materiais menos tóxicos que as antigas células solares transparentes.
Também podem
ser fabricadas para diferentes latitudes, locais, de modo a tirar o máximo
proveito de quando os raios solares incidem sobre elas. Podem ser colocadas
entre os painéis das janelas de vidro duplo.
O
desenvolvimento desta tecnologia continua, com o objetivo ser alcançar uma
eficiência de utilização da luz de 7%, e estender a vida útil da célula para 10
anos! Estão também a ser analisados os impactos econômicos da instalação de
janelas com células solares transparentes em edifícios novos e já existentes.
(portal-energia)
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