Companhia
lançou programa para modernização da gestão e distribuição da energia elétrica
no estado.
A
Copel irá investir R$ 820 milhões para modernizar a gestão e a distribuição de
energia elétrica no Paraná, por meio da troca de medidores antigos de 1,5
milhão de unidades consumidoras residenciais e empresas urbanas e rurais por
modelos inteligentes, automatizando a rede para 151 municípios das regiões
Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste.
O
Programa Rede Elétrica Inteligente foi lançado oficialmente nesta quarta-feira,
9 de setembro, em cerimônia realizada no Palácio Iguaçu, na capital Curitiba.
Além da instalação dos medidores digitais, está previsto o lançamento de um
sistema robusto de comunicação para conectar todas as residências de
aproximadamente 4,5 milhões de paranaenses e formar uma rede ativa com
processamento de dados integrados.
“O
governador nos deu uma orientação clara: crescer, mas olhando com prioridade
para o estado. Não dá para seguir expandindo nossa atuação enquanto porcos,
galinhas e peixes morrem e safras de fumo são queimadas no interior por
problemas com energia elétrica”, comentou o presidente da Copel, Daniel
Slaviero, afirmando que o projeto representará a maior rede inteligente do
Brasil, em um modelo que já existe em países como os Estados Unidos e o Japão.
Gestão em tempo real – O
investimento tecnológico permitirá ganhos como leitura de consumo a distância e
autonomia para o cliente monitorar seu consumo em tempo real por aplicativo.
Além disso, irá reduzir o tempo de desligamento provocado por intempéries e
outros fatores externos ao sistema, diminuindo também as fraudes e furtos de
energia, agilizando o atendimento, dando acesso a novas modalidades tarifárias
e realizando a integração com o conceito das cidades inteligentes.
Segundo o diretor geral da
Copel Distribuição, Maximiliano Orfali, os novos aparelhos terão potencial para
integrar outros serviços no futuro, como microgeração distribuída, tecnologias
de armazenamento de energia, controle da iluminação pública e abastecimento de
carros elétricos. Outra possibilidade será de identificar áreas de perdas e
furtos de energia que oneram a tarifa, contribuindo para a eficiência das
instalações. A rede inteligente contará, ainda, com reguladores de tensão
automáticos.
“Em breve teremos a demanda dos carros elétricos, e as cidades demandam novas soluções. As redes inteligentes serão fundamentais para as smart cities, para iluminação pública, semáforos e integração de dados, onde o céu é o limite”, arrematou Orfali.
Projeto prevê troca de 1,5 milhão de medidores antigos por modelos inteligentes (Agência Paraná)
Redução de custos e foco no
cliente – Para Daniel Slaviero, o programa é uma revolução tecnológica no setor
e coloca o Paraná cada vez mais na vitrine dos investimentos privados,
fundamentais, sobretudo, para a recuperação das condições da economia depois da
pandemia. Ele ressaltou que o programa atende aos três principais pilares da
companhia: redução de despesas, investimento seguro e qualidade de energia para
os clientes.
“Vamos evitar deslocamentos
desnecessários dos eletricistas, atender as demandas elétricas com rapidez e
possibilitar geração de dados qualificados para a Copel e os consumidores”,
afirmou o presidente da companhia. “Estamos garantindo estabilidade e que o
comércio, a indústria e o agronegócio continuem a crescer no estado”,
complementa.
Na avaliação do diretor geral da Aneel, André Pepitone, o programa é um salto de qualidade no atendimento ao consumidor. “Os novos medidores vão transformar a rede de distribuição em uma verdadeira internet da energia, com os fios da Copel passando eletricidade e informação, o que vai melhorar a gestão da empresa em seus serviços”.
Já o secretário do Ministério de Minas e Energia, Rodrigo Limp, destacou que iniciativa vai de encontro com as transformações e a modernização pretendidas para o setor elétrico, um trabalho conjunto que está sendo desenvolvido com as instituições. “Esperamos que outras empresas sigam esse exemplo da Copel”, salientou. (canalenergia)
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