quinta-feira, 8 de outubro de 2020

SP terá usina solar flutuante no espelho d’água da represa Billings

Governo de SP prepara nova chamada pública para usina solar flutuante.
Usina solar fotovoltaica flutuante instalada no reservatório Billings, em São Paulo/SP.

Êxito com piloto em represa Billings motivou investida de mais 80 MW.

O governo do estado de São Paulo deverá abrir uma chamada pública de 80 MW para a construção de usina solar flutuante no espelho d’água da represa Billings. Em webinário promovido pelo Lide em 24/08/2020, o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Rodrigues Penido, revelou que a fonte solar tem proporcionado um grande nicho de oportunidades no estado, de fábricas até programas de moradia da Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano. “Nossa secretaria busca trazer novas opções e oportunidades”, avisa. Para o secretário, as usinas solares flutuantes trazem grandes benefícios, já que além de gerarem energia, também preservam lagos e reservatórios.

Desde fevereiro, o piloto de 100 kW instalado em parceria com a Emae na represa Billings está em operação e, segundo o secretário, com bons resultados, o que acabou motivando  essa nova chamada pública para mais um projeto. “Tivemos resultados muito bons”, afirma o secretário. O investimento nesse piloto ficou em R$ 450 mil em equipamentos, ocupando uma área de mil metros quadrados do reservatório junto à usina elevatória de Pedreira. A Sunlution é a outra empresa parceira no projeto.
EMAE instala usina solar flutuante na Billings

A primeira usina fotovoltaica flutuante do Brasil está sediada no Estado de São Paulo e está instalada na cidade de Rosana, situada a 755 km da capital paulista, a unidade utiliza a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante.

O secretário também chamou atenção para o uso do biogás de biomassa no estado. Grande produtor sucroalcooleiro, o setor também produz a vinhaça, um subproduto do processo, que pode gerar biogás e bioenergia. A Raizen já tem em operação  uma usina em Guariba de 21 MW vendida em leilão, que é pioneira e que atesta a viabilidade dessa fonte. Em Narandiba, a Cocal produz biogás de gás metano, que vai sair da cidade e abastecer as cidades de Presidente Prudente e Pirapozinho. Penido citou ainda a parceria com a montadora de  caminhões Scania para produção de caminhões movidos a biogás e os projetos da Sabesp, que tem seus carros em Franca abastecidos com biogás da estação de tratamento de esgoto da cidade.
“Temos um potencial fantástico, que o sol nos dá, que os nossos subprodutos de uma riqueza do nosso estado para podemos usar essa energia renovável para geração de emprego e renda”, avalia. (canalenergia)

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