CEO da Light diz que empresa
estuda ampliar geração hídrica.
Em maio/23 quando pediu e teve aprovado pela Justiça seu processo de recuperação, o
mercado especulou que a empresa iria vender a Light Energia, gestora do seu
parque gerador de quase 900 MW, como forma de fazer caixa para enfrentar o
pagamento das suas dívidas.
Nogueira explica por que a
decisão não foi nesse caminho. “A forma mais simples de você resolver o
problema seria vender um ativo e a Light tem um parque gerador que foi
protagonista da hidroeletricidade no Brasil. A venda poderia resolver o
problema momentaneamente, mas não estruturalmente e toda a negociação foi
pautada em resolver o problema estruturalmente”, disse.
Concluído com sucesso o processo de renegociação dos débitos da empresa, cuja origem está na distribuidora de energia que atende a maior parte da população do estado do Rio de Janeiro, o executivo entende que, paralelamente aos esforços para cumprir o que foi acordado e para renovar a concessão da distribuidora que vence em 2026, cabe à Light planejar também seu futuro. E nele, Nogueira vê espaço para crescer na geração.
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concessão, administração direta e indireta a serviço do desenvolvimento.
“Preservando a geração dentro
da Light, que é um vetor importante, o que a gente vislumbra pela frente é, não
só continuar com esses ativos que temos aqui, mas também uma expansão, porque
este é o DNA da Light, voltar a ser a protagonista que ela foi no passado”,
avaliou.
Embora a hidroeletricidade
seja a marca do parque gerador da empresa, Nogueira não descarta a expansão
futura também por meio de outras fontes limpas, ressaltando que a demanda por
energia e potência seguirá crescendo no país.
Sobre a prorrogação da
concessão da distribuidora, Nogueira disse que o decreto 12.068, que trata do
tema, foi amplamente discutido pelo MME com o setor e, do ponto de vista da
Light, ele traz particularidades muito importantes, que são o tratamento das
chamadas “áreas de risco” e a possibilidade de se ter uma tarifa especial para
essas áreas.
“Você não ataca um problema desses se não tiver a reboque uma política pública bem estruturada”, disse. Nogueira não quis afirmar que o desenho proposto no decreto resolve o problema das perdas não técnicas, que é a maior fonte das dificuldades financeiras da empresa.
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“Eu não posso dizer que resolva, mas eu digo que a sinalização de você ter política pública atrelada à regulação e à operação é o tripé necessário para que casos como este possam ter maior sustentabilidade”, concluiu. (brasilenergia)
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