sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Tudo sobre Transição Energética: o que é, qual a importância

A transição energética é uma mudança na forma de produzir e consumir energia, com o objetivo de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.

Um guia completo e fácil de entender para você tirar todas as suas dúvidas sobre o que é Transição Energética e para que ela serve.
O mapeamento do potencial de geração de energia eólica está entre nossas estratégias para impulsionar a transição energética.

O tema da transição energética tem ganhado cada vez mais destaque e despertado muitas dúvidas. Afinal de contas, o que está sendo feito para reduzir as emissões? E o Brasil, como está se saindo na busca pela transição energética?

Para você ficar por dentro desse assunto tão importante, reunimos informações relevantes e atualizadas. Leia e descubra mais!

O que você acha nesta página:

- O que é transição energética?

- Qual é o objetivo da transição energética?

- Como é feita a transição energética?

- Por que a transição energética é importante?

- Como a transição energética ocorre no Brasil?

- Como anda a transição energética na Europa?

- Como a Petrobras está buscando uma transição energética?

O que é transição energética?

Transição energética é passar, no que for possível, do uso de combustíveis de fontes fósseis — como petróleo e carvão — para alternativas que emitem menos gases de efeito estufa. A principal solução para isso está em ampliar a produção e o uso de energias renováveis, como a solar e a eólica, de forma competitiva e justa. Porém, como você pode imaginar, essa substituição não é tão simples assim.

Todos nós ainda dependemos, e muito, do uso dos combustíveis fósseis. Podemos falar do gás de cozinha, da gasolina, do diesel e, até mesmo, de medicamentos que utilizam derivados do petróleo em sua composição. Por isso, mesmo nos cenários mais otimistas levantados pela Agência Internacional de Energia (AIE), estima-se que o petróleo vai continuar presente na matriz energética, mesmo que em menores proporções do que atualmente.

Entenda mais sobre o conceito de transição energética:

Trecho do episódio “O que é transição energética justa? ”, do podcast Nossa Energia.

Qual é o objetivo da transição energética?

O objetivo da transição energética é diminuir as emissões de carbono, principal responsável pelo efeito estufa, para mitigar as mudanças climáticas. Esse objetivo segue a busca mundial para atingir as metas previstas no Acordo de Paris, assinado em 2015 por 195 países. Na prática, é uma verdadeira jornada da energia rumo a um mundo mais sustentável para todos.

Para que serve o Acordo de Paris e qual a sua importância?

No Acordo de Paris, nações comprometeram-se a aplicar, incentivar e exigir ações que evitem as mudanças climáticas e mantenham o aquecimento do planeta abaixo do limite de 2°C em relação ao nível pré-industrial, com ambição de manter abaixo de 1,5°. A meta não foi por acaso: acima desse limite, os impactos negativos ao meio ambiente e à vida das pessoas tornam-se mais graves, como as secas e as inundações e perda de biodiversidade.

Nossa gerente executiva de Mudança Climática da Petrobras, Viviana Coelho, explica um pouco mais sobre o Acordo de Paris e como ele funciona.

Trecho do episódio “A batalha contra a mudança climática”, do podcast Nossa Energia.

Como é feita a transição energética?

Uma transição energética eficiente precisa ser feita de maneira gradual e conjunta, com o envolvimento de diferentes empresas e nações e comunidades. Mas podemos destacar três principais processos para tornar isso possível: a descarbonização gradual somada à eletrificação e à eficiência energética; o uso de energias renováveis; e o desenvolvimento de produtos de baixo carbono.

1. Descarbonização gradual e eletrificação

Já falamos por aqui que o petróleo continuará sendo importante para o mundo nas próximas décadas, ainda presente em percentuais reduzidos na matriz energética global. Para reduzir progressivamente as emissões mundiais, também precisamos reduzir as emissões dos processos de produção de óleo e gás.

Já a eletrificação é o processo de substituir combustíveis fósseis por energia elétrica, preferencialmente de fontes renováveis. O caso mais conhecido disso são os carros elétricos, que deixam de utilizar gasolina ou diesel. Mas, na busca pela transição energética, é preciso ir além dos transportes e eletrificar também setores, como as indústrias.

Transição energética: a mudança de energia que o planeta precisa

Substituir uma fonte de energia por outra mais sustentável é vista como uma atitude fundamental e vem sendo discutida no mundo inteiro.

2. Novos produtos de baixo carbono

Produtos de baixo carbono são aqueles que emitem menos gases de efeito estufa, reduzindo os impactos ambientais. Um exemplo disso são os biocombustíveis.

Os biocombustíveis são produzidos a partir de matéria vegetal ou animal, usados para substituir os combustíveis fósseis. Além da redução das emissões de carbono, os biocombustíveis também trazem a vantagem de poderem utilizar a logística e os equipamentos já existentes hoje com os combustíveis fósseis, como a bomba no posto de gasolina.

3. Outras fontes de energia

As fontes de energias renováveis são aquelas que podem se regenerar com o tempo, e por isso não se esgotam. E mais do que isso: elas emitem muito menos carbono do que os combustíveis fósseis. Exemplos disso são a energia eólica offshore e o hidrogênio verde (H2V), que já estão em nossas avaliações para os próximos anos, em relação a atratividade econômica, maturidade tecnológica e potenciais benefícios.

A diversificação de fontes de energia também é fundamental para aumentar nossa segurança energética — ou seja: para garantir que, no futuro, não vai faltar energia para ninguém.

Por que a transição energética é importante?

Os benefícios da transição energética não são apenas ambientais. Ela também abre inúmeras portas para desenvolvimento social e econômico local.

Conheça alguns deles:

Estes são apenas alguns dos diversos benefícios da transição energética, que traz impactos positivos para o meio ambiente e para as pessoas que vivem nele.

Como a transição energética ocorre no Brasil?

É possível dizer que a transição energética no Brasil está anos à frente da média mundial. Isso, porque a matriz elétrica brasileira é 84% renovável, e a matriz energética (que inclui combustíveis) já é 45% renovável. Nos últimos cinco anos, nosso país multiplicou a geração das energias eólicas e solares, que hoje já superam a geração de energia elétrica a partir de gás natural (térmicas ou termoelétrica).

Ao redor do mundo, setor de energia é o principal responsável pelas mudanças climáticas. No Brasil, o setor foge à regra e quase metade das fontes de energia já é renovável, emitindo muito menos carbono do que o restante do mundo.

O Brasil assumiu o compromisso de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 48% até 2025 e em 50% até 2030, em comparação com 2005. Nosso país também se comprometeu a atingir a neutralidade de emissões até 2050 e, para isso, definiu iniciativas e metas. Entre elas, está o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2028 e também a implantação do Plano Clima, com uma frente que envolve a participação do governo junto a instituições para mitigar as emissões.

Na mesma medida em que a transição energética impõe desafios únicos, também traz novas oportunidades. É importante apontar que o Brasil está evoluindo em relação a marcos regulatórios de fontes renováveis de energia, como a eólica offshore e o hidrogênio verde. Isso também abre portas e incentivos para novos projetos rumo à transição energética e para grandes investidores.

Transição energética consiste em passar de uma matriz de fonte de energia que utiliza combustíveis fósseis, como Petróleo, gás natural e carvão, que são grandes emissores de Carbono (CO2) na atmosfera, para fontes renováveis, como sol, água, vento e biomassa, que emitem menos gases de efeito estufa.

Como anda a transição energética na Europa?

Em pesquisas de 2021, os países da União Europeia também já se destacavam por terem uma intensidade de carbono menor do que a média mundial — porém maior que a brasileira. Essa intensidade representa o total de gases de efeito estufa emitidos em todo o ciclo energético, da produção e distribuição até o uso de um combustível.

A jornada da Europa pela transição energética vem sendo impulsionada por diferentes iniciativas. Uma delas é a precificação de carbono — ou seja: um valor a ser pago por países que emitem mais carbono do que as metas definidas.

“[A precificação de carbono] é uma crença de muitos países europeus, que vão pelo lado da regulação, impondo um custo a quem emitir mais do que o limite dado de acordo com o nível de emissão compatível com as metas assinadas. Mandar a conta, né? Ok, você está emitindo, mas você não está investindo em tecnologias menos emissoras, então você paga por isso”.

Clarissa Lins, sócia-fundadora da consultoria de sustentabilidade Catavento

Política de transição no Brasil busca a eletricidade renovável e ampliar essa participação para ajudar os setores industriais e de transportes a reduzir a pegada de carbono. Além de serem competitivos, ao mesmo tempo em que também usa os combustíveis de Baixo Carbono para cobrir o restante dessa oferta.

Como a Petrobras está buscando uma transição energética?

Queremos e vamos fazer a transição energética justa de forma gradual, responsável e progressiva. Para isso, estamos expandindo nossos investimentos em novas energias, de forma equilibrada com a produção do petróleo necessário para atender a demanda global de energia.

Em 2023, também consolidamos o nosso compromisso com uma transição energética justa ao criar a Diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade. A partir dela, coordenamos nossas atividades de descarbonização, enfrentamento às mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade. (nossaenergia.petrobras)

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