Pesquisadores do Instituto Especializado de Estudos Superiores de Loyola
(IEESL) delinearam uma nova metodologia para o dimensionamento de sistemas
fotovoltaicos em telhados em mercados sem medição líquida ou tarifas feed-in,
onde toda a energia produzida pelo painel solar deve ser autoconsumida.
No estudo “Sizing of photovoltaic systems for self-consumption without
surpluses through on-site measurements: Case study of the Dominican Republic“,
publicado na Renewable Energy, a equipe de pesquisa explicou que sua nova
abordagem se destina a sistemas fotovoltaicos de pequeno porte para 100% de
autoconsumo sem sistema antidumping. Nesses sistemas, a produção não pode
exceder a demanda de eletricidade de uma residência, uma vez que nenhum
mecanismo impede a injeção na rede elétrica.
Esses sistemas exigem uma estimativa do perfil horário anual e da
potência mínima exigida, bem como o uso de um medidor de irradiância e um
analisador de rede elétrica. “A relevância da metodologia proposta reside
principalmente no fato de que o custo de capital do sistema fotovoltaico sem
sistema antidumping é menor em comparação com um sistema com sistema
antidumping e com sistemas convencionais de medição líquida”, explicaram os
pesquisadores.
A equipe testou a abordagem por meio de um estudo de caso na província
de San Cristóbal, no sul do país. Sua análise considerou uma família de dois
adultos e três crianças e a implantação de um sistema fotovoltaico de 1 kW com
um ângulo de inclinação de 20 graus, com a produção anual de energia sendo
estimada em 1.578,5 kWh pela Calculadora de PVwatts.
Como o método proposto busca identificar a maior potência de corrente alternada que um painel fotovoltaico pode produzir envolve medições de irradiância em um determinado dia, os acadêmicos propuseram um fator de correção para estimar a potência máxima de saída durante o ano. “Nesse caso, o fator de correção foi de 1,044, com o qual a potência máxima de saída no ano resultou em 131,5 W de 150 W”, especificaram.
Eles também descobriram que o sistema de 1 kW sem antidumping era lucrativo, com seu BPT sendo de 4,57 anos, a TIR foi de 23,4% e a taxa de autossuficiência (SSR) foi estimada em 5,0%. “A implantação desse tipo de autoconsumo não é viável para clientes com consumo inferior a 252 kWh/mês”, alertaram, lembrando que a família selecionada teve uma demanda média de 394 kWh/mês. (pv-magazine-brasil)
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