“As termelétricas, embora eficazes, elevam o custo da energia e têm um impacto ambiental considerável. Em cenários extremos, podem até resultar em racionamentos, como em 2021. Apesar de aparentar distante a possibilidade de apagões, se a oferta não conseguir acompanhar a demanda por energia, é necessário derrubar a demanda”, alertou o sócio da Equus, Felipe Vasconcellos.
Ele enfatizou que a solução de longo prazo exige investimentos em novas fontes de energia, não sendo prudente basear decisões apenas nos preços de mercado. O levantamento mostra que as hidrelétricas brasileiras têm produzido, em média, 13% menos energia do que o estimado desde 2013.
Reservatórios
mantêm níveis relativamente altos, mas a capacidade de suportar a demanda de
consumo energético caiu drasticamente desde os anos 2000. Antes, garantiam
abastecimento por até seis meses, mas o período agora reduziu para menos de 4
meses.
“Se as chuvas forem insuficientes, o país terá de recorrer às termelétricas com mais frequência, aumentando o custo da energia e freando o crescimento econômico”, afirma Vasconcellos. Um possível racionamento prejudica não só o dia a dia da população, mas também poderia impactar negativamente a indústria e agravar a inflação, completou.
Para evitar uma crise no fornecimento de energia, Vasconcellos destacou que é fundamental continuar investindo em novas fontes, como as renováveis, e melhorar a infraestrutura de transmissão. Ele reforçou que a incerteza no setor energético brasileiro continua exigindo políticas robustas e investimentos contínuos para assegurar o futuro energético do país. (brasilenergia)
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