terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil, diz BloombergNEF.

Previsões mostram que a produção de energia solar está no caminho certo para 2030, enquanto a energia eólica e o armazenamento exigirão uma ação estruturada para expansão.
As atenções na conferência climática das Nações Unidas, que acontece este mês nos Emirados Árabes Unidos, estarão em torno do comprometimento para triplicar a capacidade global instalada de energia renovável até 2030, meta essa que significa 11 terawatts de capacidade de geração de energias renováveis. Segundo a BloombergNEF, embora a última vez que a capacidade de produção de energia renovável foi triplicada tenha levado 12 anos, de 2010 a 2022, a próxima deverá levar oito anos e exigirá uma ação conjunta para eliminar os empecilhos em todo o mundo e triplicar energias renováveis no mundo até 2030 será difícil, rápido e realizável.

As previsões da BNEF, que refletem as instalações esperadas com base nos atuais desenvolvimentos econômicos, tendências, pipelines de projetos e medidas políticas, atualmente ficam aquém dessas expectativas, embora as energias eólica e solar sejam as fontes mais baratas de nova geração de energia na maioria dos países. De acordo com o estudo, a parte solar da meta provavelmente pode ser alcançada, mas a necessária expansão da energia eólica exige uma ação conjunta de líderes dos setores públicos e privados. Ele ainda aponta que é necessário obter a combinação certa de tecnologias.

Triplicar energias renováveis no mundo até 2030 é difícil, realizável e necessário para alcançar o net zero, aponta BloombergNEF.

Revisões da BNEF mostram que a produção de energia solar está no caminho certo para 2030, enquanto a energia eólica e o armazenamento exigirão uma ação estruturada para expansão.

Um mundo em rápida descarbonização que é excessivamente dependente da geração de energia solar, enquanto triplica a capacidade de energias renováveis, não verá o mesmo impacto na geração de eletricidade, nem nas reduções de emissões. Isso, segundo o estudo, ocorre porque a geração da energia eólica ocorre em horários do dia diferentes da energia solar, produz mais do que a energia solar no inverno e tem um fator de capacidade mais alto em geral. Há também partes do mundo, como o Norte da Europa, com melhores recursos para energia eólica do que recursos para energia solar.

O cenário net-zero da BloombergNEF, que traça um caminho para zero emissões líquidas de carbono até 2050 e mantém o aquecimento global abaixo do 2°C, considera que a energia renovável contribui com 62% para a redução total das emissões até 2030, em comparação com um caminho sem transição. A eletrificação dos setores de uso final, tais como a indústria e o transporte rodoviário, contribui com mais 15% da redução total do carbono.

Para estar em conformidade com o que é necessário, o compromisso proposto pela COP28 deve remover barreiras para o acesso aos desenvolvedores de energia renovável, possibilitar leilões competitivos e incentivar contratos corporativos de compra de energia elétrica. Os governos também precisam investir em redes, simplificar a autorização de procedimentos para projetos e garantir que os mercados de energia e serviços auxiliares funcionem para incentivar um sistema de energia flexível que possa utilizar a nova geração.
Soluções para a implantação de energias.

Segundo as previsões da BNEF, as contribuições de países individuais para o objetivo mundial serão diferentes. Para os mercados que adotaram anteriormente as energias renováveis, incluindo a China, os EUA e a Europa, triplicar é o objetivo certo para zero emissões líquida de carbono. (canalenergia)

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