China terá 80% da cadeia
global solar entre 2023 e 2026, aponta relatório da Wood Mackenzie.
Segundo o relatório, o módulo
fabricado na China é 50% mais barato do que o produzido na Europa e 65% mais
barato que o produzido nos Estados Unidos (USA).
China vai dominar 80% de todo
o mercado global de painéis solares até 2026.
O documento, intitulado “Como
a expansão da China afetará as cadeias de suprimentos globais de módulos
solares”, destaca que as altas margens de lucro do polissilício, os avanços
tecnológicos e o desenvolvimento de fabricação local nos mercados
internacionais são os principais impulsionadores desse crescimento.
De acordo com a análise de
Huaiyan Sun, consultora sênior da instituição e autora do estudo, projeta-se
que a China não apenas preservará sua supremacia na cadeia de suprimentos solar
global, mas também aumentará sua vantagem tecnológica e de custo sobre os
concorrentes.
Embora políticas
governamentais em diversos mercados estrangeiros estimulem o incremento da
produção nacional, essas nações ainda não conseguem competir com os preços dos
produtos chineses. Segundo o estudo, um módulo fabricado no gigante asiático é
50% mais econômico que um europeu e 65% mais barato que um americano.
O documento também destaca
que, impulsionada por incentivos públicos, a China planeja construir mais de
1.000 GW de capacidade de células do tipo N, uma tecnologia mais avançada que a
do tipo P, o que equivale a 17 vezes a capacidade do restante do mundo.
Além disso, prevê-se que a capacidade de wafer, células e módulos solares exceda um TW até 2024, o que capacita a nação a atender a demanda global anual até 2032, seguindo as taxas de crescimento projetadas pela consultoria.
Por outro lado, a competição acirrada e o excesso de oferta na indústria solar resultam no cancelamento mundial de planos de expansão, especialmente daqueles focados em tecnologias menos eficientes, como as células do tipo P e M6.
A demanda por células do tipo
P está em declínio desde 2023 e projeta-se que representará somente 17% da
oferta até 2026. Este cenário desafiador pode obrigar os fabricantes chineses a
aceitarem pedidos com prejuízo, reduzir a capacidade ou mesmo encerrar
operações.
“O excesso de oferta afetará negativamente alguns dos planos de expansão atuais, evidenciado pelo término ou suspensão de mais de 70 GW de capacidade na China nos últimos três meses”, disse Sun.
Ademais, os Estados Unidos e a Índia anunciaram mais de 200 GW de capacidade planejada de módulos desde 2022, impulsionados pela Lei de Redução da Inflação (IRA) nos EUA e pelo Incentivo Vinculado à Produção (PLI) na Índia. Espera-se que a Índia supere o restante do Sudeste Asiático e se torne a segunda maior região de produção de módulos até 2025. (energiahoje)
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