sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Biogas pode reduzir emissões do Brasil em 642 milhões tCO2

Biogas pode reduzir emissões do Brasil em 642 milhões tCO2, diz estudo.

Objetivo do levantamento da GEF Biogás é mostrar a viabilidade e divulgar a potencialidade da fonte.

Estudo inédito feito pelo GEF Biogás Brasil e lançado pela Associação Brasileira do Biogás durante o fórum de Biogás, na última semana, em São Paulo (SP), mostra que o potencial de redução do energético em emissões no país pode chegar a 642 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano.
Expansão do biogás no Brasil pode eliminar da atmosfera 642 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.

A expansão do segmento do biogás no Brasil, atualmente considerado marginal, pode eliminar da atmosfera 642 milhões de toneladas de gases de efeito estufa e gerar 780 mil empregos, segundo fontes do setor.

Os dados foram apresentados durante o 10º Fórum de Biogás, que se realiza esta semana em São Paulo, onde, pela primeira vez, se mostrou um estudo que correlaciona a redução de emissões e a criação de empregos nesta cadeia produtiva.

Atualmente, a produção de biogás no Brasil pode ser qualificada como marginal. O país gera 4,4% de sua capacidade, com 934 usinas que produzem 3,5 bilhões de metros cúbicos por ano.

O estudo revela que o setor do biogás pode avançar em todas as regiões do Brasil, em especial no Sudeste e Sul, onde se concentram segmentos do agronegócio que geram insumos para o biogás: cana-de-açúcar, suinocultura e avicultura.

Atualmente o governo brasileiro impulsiona o GEF Biogás Brasil, uma iniciativa que incentiva a produção de biogás na agroindústria nacional, associada à criação de animais e a cultivos como a mandioca, a cana-de-açúcar, bem como a gestão de resíduos sólidos, com ênfase nos vertedouros.

O ponto de partida da produção de biogás é dar um destino aos resíduos orgânicos que aumentam a contaminação ambiental quando não são tratados adequadamente. Ao mesmo tempo, visa contribuir com a geração de energia alternativa a dos combustíveis fósseis.

Uma vez purificado, o biogás se transforma em biometano, que tem as mesmas características que o gás natural extraído pela indústria do petróleo. Pode ser usado como substituto para abastecimento de veículos, residências e geração de eletricidade em centrais térmicas.

Ambos são quimicamente idênticos e inclusive podem se misturar nos gasodutos, mas têm uma grande diferença no que se refere a emissões de gases de efeito estufa. Considerando toda a cadeia de produção, o mesmo volume de biogás emite 90% menos que o gás natural.

"O objetivo do estudo é ajudar os gestores públicos a tomar decisões nessa área, tão sensível no atual ambiente de mudanças climáticas", afirmou Tiago Quintela Giuliani, especialista em políticas nacionais do projeto GEF e consultor da Unido, que realizou a pesquisa.

Segundo Giuliani, o cálculo de redução de emissões levou em conta o efeito de substituição do óleo diesel de caminhões e ônibus por biogás. Já existem várias experiências desse tipo por empresas, entre elas, a fabricante de veículos Scania.

O ponto de partida da produção de biogás é dar um destino aos resíduos orgânicos que aumentam a contaminação ambiental quando não são tratados adequadamente. Ao mesmo tempo, visa contribuir com a geração de energia alternativa a dos combustíveis fósseis.

Uma vez purificado, o biogás se transforma em biometano, que tem as mesmas características que o gás natural extraído pela indústria do petróleo. Pode ser usado como substituto para abastecimento de veículos, residências e geração de eletricidade em centrais térmicas.

Ambos são quimicamente idênticos e inclusive podem se misturar nos gasodutos, mas têm uma grande diferença no que se refere a emissões de gases de efeito estufa. Considerando toda a cadeia de produção, o mesmo volume de biogás emite 90% menos que o gás natural.

"O objetivo do estudo é ajudar os gestores públicos a tomar decisões nessa área, tão sensível no atual ambiente de mudanças climáticas", afirmou Tiago Quintela Giuliani, especialista em políticas nacionais do projeto GEF e consultor da Unido, que realizou a pesquisa.

Segundo Giuliani, o cálculo de redução de emissões levou em conta o efeito de substituição do óleo diesel de caminhões e ônibus por biogás. Já existem várias experiências desse tipo por empresas, entre elas, a fabricante de veículos Scania.

O pesquisador revelou que o ponto de partida do estudo foi o trabalho de fomento do biogás no sul do Brasil: através do acompanhamento das unidades de produção naquela região, se identificou que cada milhão de metros cúbicos de capacidade instalada do biogás gera 11,5 novos empregos. (portuguese.xinhuanet)

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