“Com base na tecnologia
desenvolvida pelo Centro de Pesquisas da Petrobras, o Cenpes, alcançamos êxito
na produção de petroquímicos e combustíveis renováveis, como bio-GLP, óleo leve
renovável, óleo pesado renovável e bio-BTX (benzeno, tolueno e xileno),
produtos que têm aplicações nas indústrias de borracha sintética, nylon e PVC.
Além disso, conseguimos atender aos requisitos para a formulação de gasolinas
renováveis de alto desempenho”, informou Prates, ressaltando que todos os
produtos são patentes da Petrobras.
Segundo o executivo, o teste
em escala industrial foi conduzido por equipes do Cenpes, e das áreas de
Engenharia/Inovação e Refino da Petrobras, e da própria refinaria
Rio-grandense.
A operação para produção dos combustíveis renováveis na refinaria teve início em 31/10/23 e decorreu de forma estável, segundo Prates, com os equipamentos operando dentro dos parâmetros desejados até por volta das 17hs. “Nesse momento, observou-se uma perda de carga mais significativa nos bicos de injeção de carga da unidade, provavelmente ocasionada pela limpeza que a nova matéria-prima gerou no sistema, levando à decisão de colocar a unidade em recirculação. O problema foi resolvido durante a madrugada de 01/11/23”, explicou Prates.
Presidente da estatal disse que unidade operou de maneira estável durante todo o período de teste, que foi concluído em 06/11/23.
“Com base nos resultados
obtidos, será realizado um estudo de retrofit da unidade de FCC (Craqueamento
Catalítico Fluído, na sigla em inglês) da Refinaria Rio-grandense, permitindo a
operação como a primeira biorrefinaria do Brasil”, afirmou.
De acordo com Prates, a
confirmação dos resultados obtidos nas unidades de pesquisa abre perspectivas
para o estabelecimento de contratos de licenciamento da tecnologia comprovada.
Em junho de 2024, está previsto um segundo teste de coprocessamento de óleo de
pirólise de biomassa com gasóleo.
Ele destacou ainda a participação dos parceiros Braskem e Grupo Ultra – sócios da estatal na refinaria -, para obtenção do resultado positivo da inovação tecnológica, que começa a preparar a companhia para a transição energética.
“A Petrobras voltou e lidera a transição. É uma patente da Petrobras desenvolvida pelo nosso Cenpes, o maior centro de pesquisas da América Latina. Isso é a prova de que a Petrobras não é só discurso quanto a transição energética. Estamos de volta à vanguarda de uma transição gradual, responsável e inclusiva, pois o óleo vegetal em refinarias é demanda para o setor agrícola nacional, pequenos e grandes produtores”, avaliou. “Este é o primeiro passo de uma enorme transformação que faremos nas nossas refinarias”, concluiu.
(msn.com)
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