Mei Li, da Universidade de
Tohoku, no Japão, e colegas apresentam essas descobertas na revista de acesso
aberto PLOS ONE.
Grandes empresas de petróleo
e gás contribuíram significativamente para a mudança climática global por meio
das emissões de gases de efeito estufa. Os dados indicam que, para evitar
mudanças climáticas perigosas, as emissões líquidas mundiais de dióxido de
carbono devem chegar a zero até 2050. Em resposta, algumas empresas de energia
expressaram planos de transição de combustíveis fósseis para alternativas
limpas, mas pesquisas anteriores sugerem progresso limitado.
A própria Petrobras também
está entrando nesse movimento e vem realizando expressivos investimentos em
células.
A análise revelou que, de
2009 a 2020, os relatórios anuais das empresas continham um discurso crescente
relacionado às palavras-chave “clima”, “baixo carbono” e “transição”, especialmente
para BP e Shell. As estratégias de negócios mostraram um movimento em direção à
descarbonização e modelos de energia limpa, mas esse progresso ocorreu
principalmente na forma de promessas em vez de ações concretas. Os dados
financeiros indicaram que os modelos de negócios das quatro corporações
permanecem dependentes de combustíveis fósseis, com investimentos
insignificantes em energia limpa.
Os pesquisadores concluem que
nenhuma das quatro empresas está atualmente fazendo a transição de combustíveis
fósseis para energia limpa, e que as acusações de mensagens enganosas por parte
das empresas parecem bem fundamentadas.
Pesquisas futuras podem ajudar a confirmar essas descobertas e explorar os fatores específicos que estão por trás do descompasso entre o discurso, as ações e os investimentos das empresas.
Os autores acrescentam: “Concluímos, assim, que a transição para modelos de negócios de energia limpa não está ocorrendo, pois, a magnitude dos investimentos e ações não condiz com o discurso”. (ecodebate)
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