“Ou
migramos para o ônibus elétrico ou vamos perder esse mercado e essa história.
Temos um gigantesco poder de compra, temos um mercado interno muito forte e uma
rede de distribuição, e uma presença na região”, disse o presidente.
A
ideia do governo é financiar os ônibus via Fundo Clima, com parte dos R$ 10
bilhões captados recentemente pela emissão de títulos soberanos, segundo
apuração do CapitalReset.
Ônibus
elétricos são cerca de 3 vezes mais caros que os convencionais, e poucos
municípios possuem condições de financiar a transição.
Mercadante
lembrou que o banco de fomento já financiou os primeiros 1.300 ônibus na cidade
de São Paulo, com R$ 2,5 bilhões, e que o Brasil já conta com cinco empresas
produzindo ônibus.
O
presidente também destacou a importância de desenvolver a indústria nacional
com a produção de peças e baterias no país.
“Estamos
financiando projetos para gerar cada vez mais valor agregado com todas as baterias
produzidas no Brasil. Somos hoje a quarta indústria de lítio e vamos lançar um
programa especial com a Vale e minerais críticos que nos interessa muito sair
na frente”, disse.
“Não só produzir o mineral, mas agregar valor no Brasil com baterias e utilizando essa indústria emergente de ônibus elétrico”, completou.
Energia limpa
Além
da eletrificação, Mercadante também chamou a atenção para a necessidade de
financiamento para projetos de combustíveis sintéticos, tais como combustível
sustentável de aviação (SAF), metanol e hidrogênio verde.
“O
que é o nosso desafio em relação ainda à matéria energética? É dar um salto em
termos de agregação de valor. É partir para os combustíveis sintéticos. Fazer
essa passagem, fazer o hidrogênio verde. Estamos conversando com a Vale e com a
Petrobras”, afirmou o presidente do BNDES.
Na avaliação dele, o Brasil possui uma vantagem extraordinária para competir na área do hidrogênio verde, e poderia ser capaz de estimular a chegada de indústrias que utilizem o energético para descarbonizar suas atividades.
“Estamos indo agora com o presidente para o mundo árabe, depois vamos até a Alemanha, para tentar buscar atrair esses investimentos em áreas estratégicas, utilizando essa nossa matriz, que é uma vantagem competitiva”, contou. (biodieselbr)
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