sábado, 30 de dezembro de 2023

Mais de 100 países assinam compromisso para triplicar investimentos em renováveis

Em um momento considerado histórico na COP 28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um grupo de 118 países – incluindo o Brasil – se comprometeu a triplicar suas capacidades para energias renováveis de 3.400 GW para 11.000 GW até 2030.
Segmento de eletricidade representa apenas 20% do consumo total de energia final, mudança para as renováveis requer uma transformação completa do sistema energético e sua infraestrutura

O investimento em energia renovável ganhou um reforço em 04/12/23, durante a COP 28, em Dubai. Foram 118 países que anunciaram o seu compromisso de triplicar a capacidade de energia limpa e duplicar a capacidade de geração renovável até 2030. Apesar de ser considerado um começo positivo é avaliado que se tornará uma vitória quando converter-se em resultado.

Em nota a REN21, comunidade global que conta com acadêmicos, governos, organizações não governamentais e indústria em todos os setores das energias renováveis, destacou que este compromisso representa um passo na direção certa. No entanto, diz que os países devem ir significativamente mais longe do que os compromissos assumidos e permitir a mudança para as energias renováveis com quadros políticos e financeiros robustos que construam economias e sociedades em torno das energias renováveis.

A entidade lembra que triplicar a capacidade de energia renovável refere-se ao setor energético como um todo. O segmento de eletricidade representa apenas 20% do consumo total de energia final (embora há a projeção de que atinja 28% em 2030 e 53% em 2050). Mesmo com uma eletrificação profunda, avalia, a mudança para as energias renováveis requer uma transformação completa do sistema energético, incluindo o fornecimento de energia, calor e combustíveis, bem como a infraestrutura energética. Exige também apoiar os setores consumidores de energia para mudarem dos fósseis para as energias renováveis.

Para a entidade, os compromissos voluntários são importantes, mas não suficientes num contexto marcado por crises climáticas, econômicas e políticas que requerem atenção urgente. A ação imediata deve seguir as palavras para reduzir as emissões e manter o aquecimento abaixo de 1,5ºC e combater a inflação e a insegurança energética.

Para alcançar o objetivo da transição energética justa para as energias renováveis em todo o mundo é necessário financiamento, competências e requalificação adequadas e infraestruturas, que devem ser incluídas neste pacote COP, apontou a REN21. (canalenergia)

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