Brasil leva biocombustíveis a berço do petróleo durante a COP28.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a
Agência Brasileira de Promoção das Exportações (ApexBrasil) assinaram em Dubai,
durante a COP28, um acordo para promover o etanol no mercado internacional.
“O Brasil desenvolveu, em mais de 40 anos, um conjunto de avanços
tecnológicos, mercadológicos e de políticas públicas que têm inspirado e
acelerado ações internacionais na área bioenergética. Junto com outros países
do Sul Global, podemos ser para os biocombustíveis o que o Oriente Médio é para
o petróleo.
UNICA e ApexBrasil promovem, durante Conferência do Clima, em
Dubai, debate entre representantes do governo brasileiro, entidades
internacionais e empresas privadas para tratar sobre transição energética no
mundo
Anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(COP28), os Emirados Árabes Unidos estão no TOP 10 dos maiores produtores
mundiais de petróleo. Contrastando com essa posição, o país abriu as portas
para acelerar as discussões sobre o papel dos biocombustíveis na
descarbonização do setor de transportes no mundo.
Mais uma vez, o governo brasileiro e o setor privado nacional
chegam a um encontro de líderes mundiais coesos sobre a responsabilidade país
na transição energética. A comitiva leva na bagagem um plano sobre as
responsabilidades do Brasil, mas também como o país pode cooperar com o mundo
no combate à mudança do clima.
“Pode parecer um paradoxo estarmos discutindo descarbonização em
Dubai. Para mim, é um sinal que um dos grandes produtores de petróleo dá ao
mundo. A situação climática chegou ao limite e não é mais possível esperar.
Felizmente, o Brasil tem muito a contribuir”, afirma Evandro Gussi, presidente
da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA).
A UNICA e a Agência Brasileira de Promoção das Exportações
(ApexBrasil) realizarão durante a COP28 um painel sobre a transição energética
no contexto da Aliança Global para os Biocombustíveis (GBA).
A aliança foi criada em conjunto por Índia, Brasil e EUA durante a
última cúpula do G20, em Nova Déli. A iniciativa da Aliança reúne 19 países e
12 organizações internacionais com o objetivo de fomentar a produção
sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo e seguirá aberta a novas
adesões.
O evento reunirá, no dia 1º de dezembro, representantes do governo
brasileiro, como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o
presidente da ApexBrasil, Jorge Viana. Representando o setor privado, o
vice-presidente da Embraer, José Serrador, falará sobre o uso de
biocombustíveis na aviação.
O debate contará ainda com representantes de importantes entidades
internacionais. O diretor geral do Instituto de Energia e Recursos (TERI) da
Índia, Vibha Dhawan, o diretor de cooperação técnica do Instituto
Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Federico Villareal, e o
chefe da divisão de energia renovável da Agência Internacional de Energia
(IEA), Paolo Frankl, já estão confirmados.
“O Brasil desenvolveu, em mais de 40 anos, um conjunto de avanços
tecnológicos, mercadológicos e de políticas públicas que têm inspirado e
acelerado ações internacionais na área bioenergética. Junto com outros países
do Sul Global, podemos ser para os biocombustíveis o que o Oriente Médio é para
o Petróleo. Mais de 3 bilhões de pessoas podem ser beneficiadas com essa
solução”, afirma Gussi.
Em Dubai, a ApexBrasil e a UNICA vão assinar o convênio de
cooperação técnica e financeira para desenvolvimento do programa setorial para
promoção e expansão do setor sucroenergético, com vigência até 2025. O ato será
logo após o painel “Bioenergia e transição energética no contexto da GBA”. (noticiasagricolas)
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