Biocombustíveis: a melhor solução de curto prazo para uma
transição energética eficiente.
Biodiesel, solução pronta e eficaz
“Não há dúvida de que os biocombustíveis são hoje a melhor solução
custo x benefício para que os países e as empresas possam cumprir suas metas de
descarbonização no curto prazo”.
Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8, participa da COP28
para reiterar essa mensagem e impulsionar o setor tão importante para o momento
de urgência da crise climática diante dos contínuos desafios ambientais e
eventos climáticos extremos em todo o mundo
Em conjunto com as delegações dos governos do Paraguai e do
Brasil, Erasmo Carlos Battistella, Presidente da Be8 (empresa líder nacional em
produção de biodiesel) e diretor do Conselho de Administração da Associação dos
Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), está há cinco dias levando a
bandeira dos biocombustíveis em encontros de alto nível com autoridades na
Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos. Hoje ele está presente na 28ª
Conferência das Partes (COP28) das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(UNFCCC), que acontece em Dubai até 12 de dezembro de 2023.
“São duas frentes: abrir novos mercados para nossos produtos no
exterior e trazer recursos de financiamentos verdes para nossos investimentos
na América do Sul”, disse Battistella. “O desenvolvimento do papel dos
biocombustíveis no processo de descarbonização está totalmente relacionado à
mobilização de governos, organizações internacionais e muitos setores que
precisam acelerar a transição energética em seus negócios”.
Nesse período, Battistella teve encontros com Ministro de
Investimento da Arábia Saudita, Eng. Khalid bin Abdulaziz Al-Falih, acompanhado
do Ministro de Indústria e Comércio do Paraguai, Javier Gimenez Garcia de
Zúñiga, e com o Ministro do Comércio Saudita, Dr. Majid Alkassabi. Em Dubai,
esteve em reunião com o Ministro do Estado do Comércio dos Emirados Árabes
Unidos, Dr. Thani Al Zeyoudi. Ao lado das demais empresas brasileiras e da
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil),
participou da mesa redonda entre o Brasil e Arábia Saudita.
Não faltou tempo para defender o uso dos biocombustíveis para as
corridas de Fórmula 1, e demais categorias de acesso, junto ao presidente da
Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed bin Sulayem. Ele
afirmou que vê positivamente os biocombustíveis certificados e que vê como
muito promissor o uso, no futuro, não só nos veículos, mas na logística dos
GPs.
Biodiesel, solução pronta e eficaz
“Muito se tem falado sobre veículos elétricos, hidrogênio e outras
rotas tecnológicas com todo seu alto impacto de investimento para a transição
e, há muito tempo, o biodiesel está pronto para cumprir sua função do processo
de descarbonização”, destaca Battistella. “Não há dúvida de que os
biocombustíveis são hoje a melhor solução custo x benefício para que os países
e as empresas possam cumprir suas metas de descarbonização no curto prazo”,
disse.
Para Battistella, “as finanças sustentáveis têm um papel
importante ao canalizar recursos para projetos de desenvolvimento social,
ambiental e de governança (como parte do conceito ESG). Eles garantem o
cumprimento das metas de descarbonização e, consequentemente, amenizam os
riscos de desarranjos econômicos, como catástrofes ambientais e prejuízos na
produção agrícola decorrentes do aquecimento global”.
A expectativa do empresário é de que o Brasil tenha um papel
protagonista em energias limpas durante a COP28 para lançamento de um programa
macro e transversal de transição energética, com o objetivo de reforçar a
posição do país nesse novo momento na energia global, transformando o evento
numa plataforma de atração de investimentos para esse setor estratégico do
país.
Liderança regional
Outro desafio proposto por Battistella é a promoção de Políticas
Públicas nos países da América do Sul para estimular o uso de biocombustíveis
para a transição energética considerando a isenção total de taxação de energias
renováveis produzidas na região e exportadas. “Precisamos criar sinergias e
alinhar estratégias regionais de regulamentação para aumentar o uso de biocombustíveis
na região, com destaque para os investimentos em SAF (bioquerosene de aviação)
”, explica.
De acordo com o empresário, as entidades representativas do setor
de biocombustíveis na Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai e Uruguai já
manifestaram firme convicção de que é essencial que todos os governos promovam,
de forma abrangente, a estratégia de transição energética pelo desenvolvimento
do setor, tanto para o transporte veicular, quanto para o aéreo, fluvial e
marítimo.
“A APROBIO também aderiu formalmente à Coalizão Pan-americana de
Biocombustíveis Líquidos, importante fórum para promover a produção e o consumo
sustentável dos biocombustíveis”, conclui. (noticiasagricolas)
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