A energia solar é amplamente
reconhecida por ser uma fonte limpa e renovável, fator que faz com que a
sustentabilidade seja um dos benefícios mais lembrados quando o tema é
abordado. No entanto, a relevância desse tipo de matriz vai muito além desse
aspecto. Isso porque a popularização da origem fotovoltaica pode garantir, por
exemplo, um avanço significativo ao setor de energia, assim como um enorme
impacto econômico para o país.
De acordo com um levantamento
recente publicado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar), a energia solar hoje representa 11,6% de toda matriz energética
nacional. Ainda segundo a entidade, a tendência é de que essa parcela aumente
consideravelmente nos próximos anos, mesmo com o fim do subsídio referente ao
pagamento pelo uso do sistema de distribuição de energia elétrica estipulado
pela Lei 14.300, de 2022.
Isso porque, além do Brasil contar com o clima ideal, novas linhas de financiamento, somados aos incentivos governamentais e a preocupação crescente com a sustentabilidade, irão impulsionar o crescimento de novas instalações. A visão é corroborada pela empresa TrendForce, no qual aponta que o Brasil pode conectar 14,2 GW de capacidade de geração solar em 2023. Esse volume representaria um crescimento de 26,2% em relação às novas instalações realizadas em 2022. Com isso, as usinas fotovoltaicas em operação no Brasil sairiam de 24 GW ao final de 2022 – dos quais 7,1 GW em geração centralizada e 16,998 GW em geração distribuída – para 38,2 GW até o fim do ano.
Passos para a popularização
Mesmo diante de todos esses
prognósticos positivos, o setor de energia solar ainda carece de certas
estratégias para acelerar a popularização junto aos consumidores. A maior
parcela da população não sabe, por exemplo, que a matriz energética apresenta
diversas possibilidades de adesão, como a instalação de placas nos imóveis ou
até mesmo pelo consumo remoto, também conhecido como geração distribuída. Nessa
modalidade, não há necessidade de investimento por parte do responsável do
imóvel, que passará a consumir uma energia limpa e ainda mais barata. Tais
características a tornam uma das alternativas mais poderosas para a
democratização da energia fotovoltaica no país.
É preciso ressaltar ainda o
papel fundamental que as empresas da área devem ter junto a população,
principalmente na função de estimular a adoção de um consumo mais consciente e
sustentável. Para isso, as corporações devem investir mais em ações diretas,
como a realização de campanhas de conscientização ou oferecer opções de produtos
sustentáveis em seu catálogo.
Além disso, vale destacar a importância das movimentações internas por parte das companhias do setor, prezando principalmente pela transparência na sua cadeia de produção e informando a população sobre como trabalham para minimizar os impactos ambientais. Um exemplo prático de como isso pode ser desenvolvido é a implementação do conceito ESG, sigla para Environmental, Social and Governance (traduzido para o português como ambiental, social e governança), que está relacionada ao gerenciamento e às tomadas de decisão atreladas a preocupações socioambientais e éticas. Tais critérios têm direcionado as instituições a pensarem e atuarem em favor da sustentabilidade, da responsabilidade social, com respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, tornando, assim, a atuação mais transparente e responsável com a sociedade.
É fato que o mercado nacional de energia solar vem se desenvolvendo de forma exponencial graças aos altos investimentos, que somente na última década ultrapassaram a marca de R$ 125 bilhões, segundo dados da Absolar. A consequência desse alto capital alocado é o desenvolvimento acelerado de um setor que rende emprego, mais inovação e maior disponibilidade de energia limpa para o país. O próximo passo agora é as empresas transmitirem de uma maneira assertiva todos os benefícios que a matriz fotovoltaica pode trazer para a população e o Brasil. De fato, estamos nos preparando para isso. (canalenergia)
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