quinta-feira, 4 de maio de 2023

Dicomp cresce em 2 anos 335% em energia solar

Dicomp cresce 335% em energia solar em dois anos.

Procura pelo segmento aumentou com a expectativa do marco legal da Lei nº 14.300/2022.
A Dicomp, empresa de soluções integradas, como telecom, segurança eletrônica e automação industrial no Brasil, chegou ao mercado de energia renovável no momento em que ele estava bastante aquecido. O segmento solar da companhia registrou crescimento de 335% desde que foi lançado, em 2020, passando a representar 30% do faturamento da empresa. A procura por esse setor teve um aumento significativo em 2022 devido ao início do marco legal da Lei nº 14.300/2022, que iria trazer alterações nos aspectos de taxação, bem como novas regras pelo aproveitamento do crédito de energia gerada pelos geradores. Então, 2022, foi impulsado pela preocupação dos clientes finais em tentar manter o benefício que existia por um período maior.

Segundo dados divulgados recentemente pela Aneel, a capacidade instalada da geração distribuída (GD) solar cresceu quase um GW nos 2 primeiros meses do ano, atingindo a marca de 18 GW. Os números, vinculados ao Ministério de Minas e Energia (MME), também mostram o impulsionamento da fonte solar fotovoltaica como a segunda maior em potência instalada no país, atrás apenas da geração hidrelétrica.

Para 2023 ainda é previsto um crescimento exponencial, mas de forma mais moderada, principalmente em razão da entrada da vigência da Lei 14.300 que trouxe muitas dúvidas, seja dos usuários ou integradores, principalmente conectada ao retorno do investimento e como as regras serão aplicadas. Apesar disso, o mercado continua em expansão e a procura por geração distribuída continua grande, visto que muitas residências e empresas ainda não possuem energia solar e apesar das novas regras, a economia continua valendo a pena. Segundo Filipe Favoto, CEO da Dicomp, é possível ver o esforço da Aneel em tentar elucidar todas as dúvidas, mas ainda assim existem questionamentos e certos impasses de como será a aplicação da lei.

Filipe Favoto, da Dicomp: é possível ver o esforço da Aneel em tentar elucidar todas as dúvidas, mas ainda assim existem questionamentos e certos impasses de como será a aplicação da lei.

Atualmente, a Dicomp aposta no formato B2B e atua por meio de preços competitivos, atendimento exclusivo e vendas por pronta-entrega de produtos. Em parceria com mais de 150 marcas, a empresa distribui painéis fotovoltaicos, inversores, geradores off e on-grid para todo Brasil. Além disso, possui sede em Maringá (PR), Centro de Distribuição em Itajaí (SC), Contagem (MG), no Paraguai e na China.

Gerador móvel.

Recentemente a empresa lançou um produto novo, que é o gerador autônomo torre, que integra as quatro soluções que a empresa trabalha. Essa solução integra várias campos da empresa principalmente com foco em áreas remotas, rurais ou de difícil acesso, em que é necessário geração de energia, uma comunicação integrada, seja via satélite ou wi-fi, e ao mesmo tempo dispondo de segurança, com monitoramento via câmera ou alarme. “Quando falamos torre é porque esse gerador (os painéis) ficam acomodados em uma torre, e nessa mesmo local fica a comunicação sem fio e a parte de segurança. Esse método é muito utilizado em fazendas que necessitam de monitoramento e acompanhamento de dados logísticos e de produção ou até mesmo em áreas de mineração, onde os painéis geram energia durante o dia, acumulam em baterias e são utilizadas à noite para iluminar os locais e transmitir os dados para automação industrial”, destaca Favoto.

Gerador autônomo torre.

Os planos da Dicomp para 2023 incluem novas soluções, principalmente conectadas com soluções híbridas, conectadas com baterias e redes off-grid. Favoto acredita que as soluções híbridas nos próximos anos vão representar um crescimento significativo nesse segmento, por isso estão apostando nesses produtos. E destaca também que para existir a manutenção desse crescimento do setor, é preciso que as políticas públicas estejam bem alinhadas para que o investimento seja realmente vantajoso para o usuário. “Isso é um ponto importante para o desenvolvimento. Caso as políticas públicas dificultem o acesso ou criação de usinas fotovoltaicas, de fato vai impactar muito o lado econômico, seja do integrador que instala, do revendedor que produz ou do fabricante. Ou seja, toda uma cadeia será impactada”, finaliza Filipe Favoto. (canalenergia)

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