A publicação foi lançada pela
primeira vez no Brasil no evento Encontro de Negócios da ABEEólica, o primeiro
depois da pandemia. O relatório
apresenta dados completos, detalhados e analíticos do setor eólico mundial onde
mostra que o Brasil se manteve na 6ª posição no ranking de capacidade total
instalada de energia eólica onshore. Para fins de comparação, em 2012,
ocupávamos o 15º lugar.
Segundo a ABEEólica, tanto o
recorde de capacidade instalada nova quanto a manutenção de sua posição no
ranking demonstram a força e a resiliência do país, que soube aproveitar
oportunidades de crescimento por meio de leilões privados e acordos bilaterais
de compra de energia (PPAs), no mercado livre, apesar do fraco desempenho da
economia brasileira nos últimos 10 anos.
O relatório destaca ainda que os recursos renováveis disponíveis no Brasil, especialmente a abundância de ventos de qualidade onshore e offshore, classificados como únicos no mundo, o que abre uma janela de oportunidade para o hidrogênio verde.
Futuro
A GWEC Market Intelligence
espera que 26,5 GW de energia eólica onshore sejam adicionados na América
Latina em 2023-2027, com o Brasil contribuindo com 60% desse volume. Se essa
previsão se confirmar serão 16 GW no período, consolidando ainda mais sua
liderança regional. Pela previsão, até 2024, o GWEC espera ultrapassar os 100
GW anuais de capacidade instalada. As condições do mercado mudarão uma vez que
os países vão competir por investimentos extremamente necessários em seus
setores eólicos: para conquistar o investidor, será preciso demonstrar seu
potencial de mercado, oferecer condições atrativas de investimento e apresentar
medidas regulatórias mais eficazes, afirmou em comunicado Ben Backwell, CEO do
GWEC.
Élbia Gannoum,
presidente-executiva da ABEEólica, ressaltou na abertura do evento realizado em
São Paulo, que o potencial de transição energética justa do setor eólico é
enorme e que a indústria precisa conversar e discutir com o governo sobre
políticas industriais, ação que está em andamento. E agora a ABEEólica deverá
atuar de forma mais transversal com diversos ministérios uma vez que a fonte
tem potencial de ser alcançada por diversos segmento da economia por causa
desse processo de transição energética.
“Precisamos buscar mais mercado e apesar dos números, conjunturalmente no curtíssimo prazo percebemos que o mercado não está bom, não estamos contratando e a palavra de ordem agora é: cadê o mercado? Onde está o mercado? Quem sabe precisamos criar repaginar esse mercado que não estamos enxergando. Esse mercado está associado à transição energética e soluções energéticas onde forneceremos a energia para a indústria que exportará commodity verde, no futuro, será exportado H2 Verde e devemos pensar em valor agregado em conceito agregado.
“Por isso que devemos pensar em política industrial energética”, afirmou a executiva lembrando dos pacotes de Europa, Estados Unidos e Chile, ressaltando que esse pacote nacional não depende de dinheiro público como em outros países, mas sim apenas um ambiente amigável para atrair o investimento por meio de aparatos regulatórios para eólica offshore, H2 Verde e até ajustes no onshore. (canalenergia)
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