Durante a posse do novo
diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, em 16/03/23 o presidente Luís
Inácio Lula da Silva revelou que almeja que, no futuro, a hidrelétrica (PR-
14.000 MW) possa produzir hidrogênio verde com a água vertida, o que ele avalia
ser bom para o Brasil e ao Paraguai. Durante a cerimônia, o presidente
relembrou as políticas executadas com a usina durante o seu governo e que quer
voltar a aproximá-la da sociedade brasileira. Já Verri colocou a usina a postos
para colaborar com o governo federal de modo a fortalecer as políticas de
inclusão e contra desigualdades. “Itaipu não é uma mera geradora de energia. É
muito mais, é antes de tudo um exemplo de projeto bilateral de reconciliação,
cooperação e integração”, afirmou.
Verri tem 61 anos, é economista e mestre em Economia e doutor em Integração da América Latina, além de especialista em Teoria Econômica. Também é professor aposentado do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá e já foi deputado estadual e federal, além de secretário estadual do Planejamento.
Durante a gestão de Lula e de Verri, o anexo C do Tratado internacional sobre a usina entrará em processo de revisão. Segundo o presidente, esse ‘novo tratado’ deverá levar em conta a realidade dos dois países e o respeito que o Brasil deve ter pelo Paraguai.
O presidente ressaltou a
experiência de Verri na administração pública e na área econômica. De acordo
com Lula, o novo diretor-geral deverá ter a sensibilidade de fazer com que
Itaipu Binacional auxilie a resolver os problemas do povo brasileiro. Lula
também lembrou que hoje talvez Itaipu não pudesse ser construída da maneira que
é hoje, já que na década de 70 não havia a consciência ambiental que existe e
que poderia restringir a pujança da hidrelétrica. Ainda de acordo com o
presidente, a usina é a prova que um acordo entre dois países é possível, com
uma regulação capaz de fazer com que os dois países ganhem.
Também presente a cerimônia, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira disse que a revisão do anexo C vai ser importante para fortalecer os laços de parceria entre brasileiros e paraguaio, com o olhar cada vez mais claro não só para as necessidades energéticas e comerciais, mas também para a melhor destinação de recursos para a população que mais necessita. Ele revelou ainda que em pouco tempo, ao invés de verter água em Itaipu, o Brasil se tornará um grande fornecedor de hidrogênio verde para fortalecer a indústria nacional e gerar mais emprego e renda.
Hidrogênio verde: América Latina avança no 'combustível do futuro'.
Projetos começam a ser lançados em toda a região e, para muitos países, é parte fundamental das metas de transição energética e descarbonização. (canalenergia)
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