“Tivemos resultados positivos
nos pareceres de acesso, com projetos semelhantes saindo do papel nas usinas de
Nova Ponte e Irapé, além de outro de 250 MWp sendo desenvolvido em Três
Marias”, informou o diretor da Cemig GT, Thadeu Carneiro da Silva, durante o
Cemig Day.
Segundo o executivo, um dos
limitadores para a empresa nesse segmento são os pontos de conexão e
disponibilização da rede. Já quanto a estrutura de custos ele aponta o
flutuador como o grande diferencial, uma bomba com ar comprimido de Capex
elevado, mas que é compensado pelo Opex muito reduzido em função do uso das
mesmas equipes das usinas, menor custo com água e maior eficiência até por
conta da temperatura se manter mais constante pela presença da água, aumentando
a vida útil dos equipamentos.
“Os módulos e inversores são os mesmos e como estão sob a água tendem a ficar menos sujos, com a própria água dos reservatórios sendo utilizada para limpeza dos painéis, com impacto ambiental nulo”, complementa. Outro ponto que a estatal mineira busca avançar é de alguma forma fomentar a vinda de fornecedores para a região, já que também incidem sobre esses equipamentos específicos custos logísticos que representam até 20% do orçamento.
Já a Cemig SIM, braço de geração distribuída do grupo, celebra quatro anos de atuação no meio do ano com 88 MW operacionais e uma plataforma digital escalável que traz facilidade à base de dados dos clientes e no relacionamento fluído para o êxito e sustentabilidade do negócio, que prevê dobrar de capacidade instalada com novos projetos em desenvolvimento além dos já citados, com a pretensão de junto a Cemig GT chegar ao alcance de 30% do mercado de GD no estado nos próximos anos.
Questionado sobre as taxas de
retorno para a modalidade com o novo regramento, o CEO da Cemig SIM, Danilo
Gusmão, aponta uma aproximação da rentabilidade do setor, que era um pouco fora
da curva, de 14% em média, e que deve ir para um dígito baixo nas simulações
feitas pela empresa, que foca em todo seu pipeline no regramento antigo.
“Os pedidos caíram numa média
de 80%, com os 20% ficando basicamente por rooftops, relacionado ao autoconsumo
local e que tende a não ser tão impactado pela nova regra, com o segredo sendo
o melhor dimensionamento para a carga de determinado sistema, mas que não é o
bussiness da companhia”, pontuou Gusmão.
Já na geração solar centralizada, são duas usinas no momento em construção, uma de 100 MWp e outra de 70 MWp, com Capex de R$ 900 milhões e previsão de término para setembro desse ano. Ademais a carteira futura se apresenta acima de 15 GW em estudo entre as fontes renováveis e térmicas a gás, que só será aproveitado com os retornos de investimento acima do custo de capital. “Vamos ter uma sobreoferta mas esperamos que a partir de 2027 e 2028 as oportunidades vão surgir, como as soluções integradas de hibridização de fontes de forma complementar”, reforça Thadeu Carneiro da Silva.
Pipeline aprovado prevê 48 parques geradores e garantia física total de 6.691 MW médios (Cemig)
Leilões e desinvestimentos
Outra oportunidade vislumbrada pela companhia no curto e médio prazo é o mercado de capacidade, vendo uma oportunidade na implementação de duas turbinas adicionais na hidrelétrica de Três Marias, via leilão e sem perdas ambientais. O certame de transmissão do meio do ano também está sendo estudado com afinco, sobretudo pela quantidade de lotes no estado. A companhia possui R$ 2 bilhões em aportes aprovados para o segmento, com foco no reforço e melhorias.
Já por outro lado a área de desinvestimentos anunciou o foco na alienação dos ativos de participação minoritária e de 15 pequenas centrais hidrelétricas por pelo menos R$ 48,2 milhões em um leilão previsto para semana que vem em Belo Horizonte. “São ativos pequenos que acabam tirando tempo da engenharia que poderia estar usando para desenvolver projetos maiores”, justifica o diretor da Cemig GT. (canalenergia)
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