O executivo anunciou na
véspera que estuda, juntamente com a norueguesa Equinor, a instalação de um
parque eólico em alto mar com capacidade de produção de energia equivalente à
usina Itaipu.
O projeto, segundo disse
Prates, ficará em fase de estudos até 2028 e, se confirmado, seria composto por
sete plantas eólicas com uma capacidade total de 14,5 gigawatts (GW). O parque
poderia custar US$ 70 bilhões, segundo uma estimativa livre da Petrobras com
base no atual custo do megawatt offshore, multiplicados pela capacidade
instalada prevista.
“As duas empresas (trabalham), portanto com a
mesma estratégia: tirar o máximo rendimento do petróleo que temos disponível e
que precisamos usar como humanidade ainda nesse período de transição, e começar
a analisar e financiar projetos de energia renovável de grande porte,
condizentes com os seus respectivos tamanhos”, afirmou, em um vídeo publicado.
“Vamos seguir em frente com mais parcerias com empresas congêneres no Brasil e no exterior. Tudo ao seu devido tempo”, disse.
A parceria com a Equinor foi anunciada durante evento em Houston, nos Estados Unidos, em 06/03/23 onde a Petrobras e a Equinor informaram sobre a assinatura de uma carta de intenções para o desenvolvimento dos estudos em conjunto. O novo acordo ampliou uma parceria entre ambas as empresas selada em 2018.
A produção de energia levaria
de seis a dez anos para começar, segundo Prates. Estudos para o projeto já
estão contemplados no plano de negócios da companhia e não precisarão ser
ampliados, disse ele na véspera. A Petrobras estudará a fabricação de
equipamentos no Brasil, acrescentou.
Prates destacou no vídeo em
07/03/23 que os sete projetos em avaliação com a Equinor já têm estudos sobre
conexão para escoamento da energia em terra. Eles estão entre 20 km e 40 km da
costa brasileira, dependendo de cada um, e em profundidade de 15 m a 35 m de
lâmina d’água.
Os projetos se estendem em
toda a costa brasileira, na Margem Equatorial – Piauí, Ceará, Rio Grande do
Norte – e também na Margem Atlântica – Rio de Janeiro, Espírito Santo, litoral
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Prates acrescentou que
Petrobras e Equinor também analisarão oportunidades na área de armazenamento de
carbono, de hidrogênio e petróleo e gás.
Petrobras publicou comunicado ao mercado apontando que apenas terá estimativas oficiais de custo e retorno após a conclusão de análises técnicas a serem desenvolvidas por grupo interdisciplinar.
Tais projetos também deverão futuramente ser apreciados pelas instâncias de aprovação interna, de acordo com a governança da companhia, adicionou. (biodieselbr)
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