Após comercializar 1.360 MW nos leilões de 2013, empresa já
se apresenta para vender mais projetos eólicos nos certames desse ano.
Depois de mais uma vitória no último leilão A-5, em que
comercializou 508 MW em parques eólicos nos estados da Bahia e
do Piauí, a Casa dos Ventos pretende continuar ganhando espaço no setor. A
intenção da empresa é de continuar participando dos certames em 2014.
"Nosso pipeline
é grande, preferimos desde o início identificar áreas com recursos eólicos
de grandes volumes. [Em 2014] Devemos
ter retornos cada vez mais interessantes", explica Lucas Araripe, diretor
da Casa dos Ventos.
Para 2014, ele acena com o cadastramento de cerca de 2000 MW
para concorrer nos certames, querendo manter a competitividade da empresa. O
objetivo é o de expandir os clusters
do Piauí, em Garanhuns (PE) e na Bahia. "Todos os nossos projetos são de
no mínimo 500 MW e isso traz uma sinergia interessante, porque vai modulando as
fases e implantando de forma sequenciada", afirma.
O executivo fala com a autoridade de quem em 2013 foi o
player do setor que mais
comercializou projetos. Segundo levantamentos de mercado, a Casa dos Ventos
vendeu 1.360 MW em projetos nos três leilões realizados no ano. No leilão de
Reserva, foram 612 MW vendidos e no A-3 foram 240 MW. A empresa aparece
sozinha, como no parque do Piauí, que tem 228 MW de potência e vai demandar
investimentos de R$ 780 milhões ou com parcerias, como a feita com Furnas no
parque da Bahia, que vai demandar R$ 960 milhões. No leilão de Reserva, a
empresa também vendeu parques em parceria com a Chesf e com a Contour Global.
"A ideia é em parte investir como Casa dos Ventos sozinha para gerar e
implantar energia e em parte formar parcerias interessantes, que agregam na
implantação e na operação", observa. Ele conta ainda que como a carteira
de projetos da Casa dos Ventos é extensa, a empresa talvez não conseguiria
viabilizar todos os projetos sozinha.
Ao optar pela parceria, Araripe conta que a intenção é que
venha alguém com o perfil complementar à atividade da Casa dos Ventos,
agregando valor ao resultado final do projeto. A expertise na gestão da obra e
operação e manutenção do projeto contam pontos na escolha. "A gente tem
parceiros que quando entram no projeto fazem ele ficar mais competitivo, porque
eles tem características que você não precisaria terceirizar", aponta.
Outro fator que atrai a parcerias é diminuição da necessidade de aportes de
capital.
Os parques vendidos no último leilão A-5 são extensões de
projetos comercializados em leilões anteriores. A empresa está investindo no
seccionamento da linha de transmissão de 500 kV São João-Milagres. Essa ação
vai permitir que a Casa dos Ventos antecipe a operação do parque, de maneira
que ela possa vender no ambiente de contratação livre a energia gerada antes do
início do contrato, em 2018. "No Araripe [local do parque do Piauí] temos todas as condições de antecipar
em pelo menos um ano", planeja Araripe. Para ele, uma antecipação menor
que um ano não é vantajosa.
Mas a antecipação não deve atingir os parques da Bahia,
porque os projetos vão necessitar de reforços em subestações e linhas, não
ficando claro se haveria um prazo possível para o adiantamento da operação. Na
opinião do executivo, como não há previsibilidade no prazo de implantação de
uma linha, a Casa dos Ventos priorizou projetos próximos a conexão, sendo a
Bahia a exceção. "Na Bahia, é o nosso único projeto em que não é claro o
ponto de conexão, então com certeza a gente calculou o investimento sem a
antecipação. Preferimos ter uma postura mais conservadora", afirma. (canalenergia)
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