domingo, 16 de fevereiro de 2014

Casa dos ventos quer ganhar mais mercado em 2014

Após comercializar 1.360 MW nos leilões de 2013, empresa já se apresenta para vender mais projetos eólicos nos certames desse ano.
Depois de mais uma vitória no último leilão A-5, em que comercializou 508 MW em parques eólicos nos estados da Bahia e do Piauí, a Casa dos Ventos pretende continuar ganhando espaço no setor. A intenção da empresa é de continuar participando dos certames em 2014. "Nosso pipeline é grande, preferimos desde o início identificar áreas com recursos eólicos de grandes volumes. [Em 2014] Devemos ter retornos cada vez mais interessantes", explica Lucas Araripe, diretor da Casa dos Ventos.
Para 2014, ele acena com o cadastramento de cerca de 2000 MW para concorrer nos certames, querendo manter a competitividade da empresa. O objetivo é o de expandir os clusters do Piauí, em Garanhuns (PE) e na Bahia. "Todos os nossos projetos são de no mínimo 500 MW e isso traz uma sinergia interessante, porque vai modulando as fases e implantando de forma sequenciada", afirma.
O executivo fala com a autoridade de quem em 2013 foi o player do setor que mais comercializou projetos. Segundo levantamentos de mercado, a Casa dos Ventos vendeu 1.360 MW em projetos nos três leilões realizados no ano. No leilão de Reserva, foram 612 MW vendidos e no A-3 foram 240 MW. A empresa aparece sozinha, como no parque do Piauí, que tem 228 MW de potência e vai demandar investimentos de R$ 780 milhões ou com parcerias, como a feita com Furnas no parque da Bahia, que vai demandar  R$ 960 milhões. No leilão de Reserva, a empresa também vendeu parques em parceria com a Chesf e com a Contour Global. "A ideia é em parte investir como Casa dos Ventos sozinha para gerar e implantar energia e em parte formar parcerias interessantes, que agregam na implantação e na operação", observa. Ele conta ainda que como a carteira de projetos da Casa dos Ventos é extensa, a empresa talvez não conseguiria viabilizar todos os projetos sozinha.
Ao optar pela parceria, Araripe conta que a intenção é que venha alguém com o perfil complementar à atividade da Casa dos Ventos, agregando valor ao resultado final do projeto. A expertise na gestão da obra e operação e manutenção do projeto contam pontos na escolha. "A gente tem parceiros que quando entram no projeto fazem ele ficar mais competitivo, porque eles tem características que você não precisaria terceirizar", aponta. Outro fator que atrai a parcerias é diminuição da necessidade de aportes de capital.
Os parques vendidos no último leilão A-5 são extensões de projetos comercializados em leilões anteriores. A empresa está investindo no seccionamento da linha de transmissão de 500 kV São João-Milagres. Essa ação vai permitir que a Casa dos Ventos antecipe a operação do parque, de maneira que ela possa vender no ambiente de contratação livre a energia gerada antes do início do contrato, em 2018. "No Araripe [local do parque do Piauí] temos todas as condições de antecipar em pelo menos um ano", planeja Araripe. Para ele, uma antecipação menor que um ano não é vantajosa.
Mas a antecipação não deve atingir os parques da Bahia, porque os projetos vão necessitar de reforços em subestações e linhas, não ficando claro se haveria um prazo possível para o adiantamento da operação. Na opinião do executivo, como não há previsibilidade no prazo de implantação de uma linha, a Casa dos Ventos priorizou projetos próximos a conexão, sendo a Bahia a exceção. "Na Bahia, é o nosso único projeto em que não é claro o ponto de conexão, então com certeza a gente calculou o investimento sem a antecipação. Preferimos ter uma postura mais conservadora", afirma. (canalenergia)

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