O governo do Japão apresentou em 25/02/14 uma estratégia de
longo prazo para o setor energético que mantém a energia nuclear como uma fonte
integral de eletricidade. Isso efetivamente reverte a promessa feita pela
administração anterior de desligar todas as plantas nucleares.
Desde o acidente na planta de Fukushima Daiichi, em março de
2011, há uma ampla oposição ao uso da energia nuclear. Mas, desde que assumiu o
governo no fim de 2012, o primeiro-ministro Shinzo Abe tornou claro que procura
religar os reatores que foram considerados seguros pelas novas regulações.
A proposta do governo, que ainda não é final, diz que
"a energia nuclear é uma importante base de carga para a
eletricidade". Isso significa que as plantas nucleares continuarão no
núcleo da produção de energia. Em tempos de alta demanda, outras fontes de
energia, como as provenientes de combustíveis fósseis, apoiariam a capacidade
de produção.
O plano não forneceu nenhum nível de produção para as
plantas nucleares. Em vez disso, o documento afirma que o governo irá avaliar a
escala da capacidade de geração de energia nuclear que será necessária no
futuro.
Antes do acidente de Fukushima, a energia nuclear
representava aproximadamente 30% da produção energética, e o governo planejava
elevar a proporção para 50%. O plano foi descartado, mas Abe acredita que a
energia nuclear é vital para manter a indústria japonesa competitiva, já que o
desligamento das plantas tornaria a conta de luz mais cara.
Uma pesquisa conduzida em 22 e 23 de fevereiro pela Fuji
Television revelou que 53% dos entrevistados são contra o reinício dos 48
reatores nucleares do Japão. A pesquisa, conduzida com 1.000 pessoas, também
revelou que o apoio ao governo de Abe é de 53%.
O governo atrasou a decisão sobre o plano em mais de um mês.
Autoridades disseram ter recebido mais de 19 mil comentários públicos sobre o
rascunho original, publicado em dezembro. (yahoo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário