A empresa Renova foi fundada por Ricardo Delneri e Renato Amaral em
2001, ano de uma das piores crises energéticas da história do País.
Maior parque eólico da América Latina em Caetité/BA foi construído pela
Renova.
O Brasil vivia uma das piores crises energéticas da história quando Ricardo
Delneri, ao lado do amigo Renato Amaral, fundou a Renova – hoje a maior empresa
de energia eólica do País. Embora os preparativos tenham começado um ano antes,
foi em 2001 que a empresa realmente começou a operar.
A carteira de projetos tinha apenas três Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCH), incluídas no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia (Proinfa). A equipe também era pequena, no máximo de 12 pessoas. Em
2006, quando os dois sócios decidiram apostar na força dos ventos, o escritório
teve de ser ampliado. "Trouxemos até gente do exterior para ajudar nos
estudos. Aqui ainda havia poucos profissionais", diz Delneri.
Ele conta que o começo não foi fácil. "Poucos loucos
acreditavam num preço tão competitivo para a energia eólica. Nem nós. A gente
imaginava que fosse uma fonte complementar." Mas, apesar da desconfiança,
eles se prepararam e chegaram ao primeiro leilão de eólica, em 2009, como
favoritos. "Vendemos 14 projetos de 294 MW no leilão, em Caetité, na
Bahia."
Daí para a frente os negócios foram se expandindo numa
velocidade surpreendente. Em 2010, a Renova já estava tão bem estruturada e com
tantos projetos que conseguiu lançar suas ações na BM&f Bovespa, sendo a
primeira empresa de energia renovável com papéis na bolsa. Desde então, Delneri
e Amaral reduziram a participação - para 30% - na empresa para a entrada de
Light, BNDESPar e Cemig.
Na avaliação de Delneri, uma das explicações para o sucesso
da Renova é o desapego que tanto ele como Amaral têm em relação aos negócios.
"A questão da escala é muito importante. Por isso, escolhemos o caminho
das parcerias", conta ele, que parou a Faculdade de Administração no
terceiro ano.
Delneri conheceu Amaral durante o serviço militar, no
Exército. Desde então, sempre estiveram juntos nos negócios. A primeira
empreitada foi uma agência de turismo montada com o dinheiro emprestado da mãe.
Depois vieram uma companhia de seguro e uma asset management, até fundarem a
Renova.
Filho de um ex-funcionário do Banco do Brasil, Delneri
sempre foi ansioso, nunca trabalhou como funcionário de uma empresa, nunca
tirou uma carteira de trabalho nem fez um currículo na vida. Hoje, embora tenha
vendido parte da Renova, continua com 30% da empresa. A presidência da empresa,
no entanto, foi profissionalizada.
O comando da maior empresa de energia eólica esta nas mãos
do engenheiro Mathias Becker. A Renova tem 1,8 mil MW de capacidade. Desse
total, 300 MW já foram concluídos e 400 MW devem ser concluídos no início de
2014, diz Becker. O restante vai ser iniciado a partir de 2015. "A Renova
detém 12% de tudo que foi vendido até agora nos leilões", diz o presidente
da empresa. Segundo ele, a companhia tem um estoque de 13 mil MW em fase de
medição e que podem ser tirados do papel.
Destaques
294 MW foram vendidos pela Renova no primeiro leilão de
energia eólica, em 2009, em 14 projetos.
30% é a atual participação dos sócios Delneri e Amaral após
a entrada da Light, BNDESPar e Cemig.
1,8 mil MW é a capacidade da Renova, que detém 12% de tudo o
que foi vendido em leilões até agora. (OESP)
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