Fukushima: governo japonês avançou na descontaminação,
avalia AIEA
Entidade
internacional publicou relatório sobre o programa de remediação que procura
conter os efeitos do acidente nuclear de 2011.
Um relatório
divulgado em 24/01/14, pela Agência Internacional de Energia Atômica considera
que o Japão progrediu no combate à contaminação decorrente do acidente na usina
nuclear de Fukushima. O comitê formado por 13 especialistas que visitaram a
unidade japonesa elogiaram o trabalho do governo local na condução da
reconstrução e revitalização das áreas atingidas após o desastre nuclear da
usina.
Entre os destaques
está a implantação do programa para remediar as consequências da radiação na
área afetada e reduzir a exposição das pessoas, permitir, estimular e dar
suporte ao retorno daqueles que deixaram a região. Além disso, houve a ajuda
econômica aos municípios para lidarem com as sequelas sociais que o acidente causa.
A equipe da IAEA
destacou ainda a eficiência na remoção do material contaminado. Além disso,
observou uma mudança bem-vinda nos esforços com base na redução da contaminação
da superfície e a taxa de radiação no ar. Foram analisados ainda o envolvimento
da autoridade regulatória do setor nuclear e o monitoramento feito com o
objetivo de controlar o status da descontaminação do local. E ainda, os
progressos feitos sobre as fazendas, florestas e em relação ao mar e a
contaminação da fauna e flora marinha, sendo registrado decréscimo das taxas
desde 2011.
Contudo ainda há o
que ser feito no país. Uma das principais é a de comunicar que qualquer nível
de dose, em um momento pelo que passa o Japão, entre 1 e 20 mSv por ano é
aceitável e está em linha com o padrão internacional, inclusive pela
Organização Mundial de Saúde. Além disso, que a redução desses níveis de
radiação é uma ação de longo prazo que não é possível realizar em curto período
de tempo.
Recomenda ainda a
realização de estudos de contaminação por indivíduo, a otimização do programa
no que se refere a florestas próximas a áreas residenciais, fazendas e outras
áreas públicas. A água marinha é outro ponto de preocupação dos especialistas,
que recomendaram a continuidade do monitoramento da água e ambiente marinho, e
sugere, que os dados possam ser interpretados dentro do contexto de processos
conhecidos por afetar as concentrações de césio radioativo na água. (canalenergia)
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