quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A matriz energética

A Petrobras reclama prejuízos porque o governo a obriga vender gasolina mais barato do que compra. Os produtores de álcool dizem que o setor está em crise e diminuem produção. 
A frota nacional cresce, impulsionada pelos esforços de manutenção de empregos na indústria automobilística. Falhas na distribuição de água e eletricidade irritam o consumidor, que parte para protestos violentos. Verifica-se, ainda, escassez de água nos reservatórios, que já obriga pedidos de economia e até racionamento, com repercussão na geração energética, obrigando produção de eletricidade a partir de termoelétricas, mais caras e poluentes.
A Petrobras, criada em 1953 por Getúlio Vargas, era tida como salvação energética do Brasil, mas hoje, acusa problemas de fluxo de caixa. As dificuldades do mercado de combustíveis, água e eletricidade, coincidentemente, nos remetem a 1954, ainda sob Getúlio, quando a marchinha de carnaval Vagalume cantava o Rio de Janeiro como ‘cidade que nos seduz, de dia falta água, de noite falta luz’. Essa condição é a de muitas cidades, até regiões inteiras. 
A falta que a eletricidade fazia há 60 anos era infinitamente menor que a de hoje, quando tudo depende dela, a comunicação, o computador e equipamentos elétricos que mandam no mundo moderno. Sem eletricidade, tudo para...
Um olhar mais abrangente sobre as crises setoriais causa preocupação. Diferentes setores da economia não podem operar indefinidamente ‘no vermelho’. Se continuar, logo não teremos mais combustíveis em volume compatível com a frota. O abastecimento de água e eletricidade será, também, insuficiente. É preciso adotar, rapidamente, medidas que equilibrem os setores e, de preferência, não provoquem inflação, cujo controle tem sido o grande trunfo nacional dos últimos 20 anos, tarefa grande e de alta relevância nacional. 
Os candidatos às próximas eleições deveriam se interessar por esses problemas! (gcn.net)

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