sábado, 4 de outubro de 2014

Fontes renováveis e os presidenciáveis de partidos pequenos

Fontes renováveis estão no radar dos presidenciáveis de partidos pequenos
Mesmo com chances reduzidas de vitória na eleição presidencial, os candidatos Luciana Genro (PSOL), Everaldo Pereira (PSC) e Eduardo Jorge (PV) não estão indiferentes ao setor elétrico. Os candidatos pretendem dar continuidade aos investimentos feitos em fontes renováveis, porém a fonte nuclear não será continuada em caso de vitória de Eduardo Jorge e é vista com restrições por Luciana Genro.
“A candidata do PSOL quer elaborar um programa de energias renováveis democraticamente construídos e socialmente justos”. Ela quer a descentralização da produção energética e subsídios em painéis fotovoltaicos para famílias pobres e casas populares. A ex-deputada federal também planeja ações contra o desperdício de energia e o aumento do potencial energético das usinas existentes. Ela quer uns incentivos fiscais para fontes renováveis, o que levaria a uma redução de 20% no preço dos equipamentos solares e a criação de linhas de crédito com juros baixos e com prazo acima de dez anos para que a população possa gerar energia da sua própria casa.
Na larga escala, ela tem a meta de chegar em 2018 com 13 GW de eólicas na matriz, 14 GW de biomassa e 3 GW de solar. Classificando a fonte nuclear como nociva, ela não quer projetos dessa fonte após o acidente de Fukushima.
Nas diretrizes elaboradas pelo Partido Verde, a energia é vista como um importante setor da economia. O partido assume a necessidade de se fazer um aumento na oferta e no consumo de energia de modo que não sejam comprometidos os recursos naturais e as emissões de gases do efeito estufa. A fonte solar é vista como a mais importante para o futuro. Eduardo Jorge quer estabelecer metas para a utilização dessa fonte e acredita que em dez anos ela vai ser competitiva em 80% do planeta.
O candidato do PV também quer um incremento nas PCHs para substituir os impactos causados pelas grandes UHEs, trabalhando para implantar as compensações ambientais e sociais antes da construção da usina. Jorge também quer promover a descarbonização da matriz energética, substituindo as que emitem mais carbono pelas renováveis. O candidato quer promover leilões regionais de energia, com o preço das fontes caindo a cada ano, de modo a criar mais competição e abrir mais espaço para as renováveis. As novas fontes de energia limpa serão subvencionadas até a sua maturação. No último mês de agosto, ele pediu o fim do acordo nuclear com a Alemanha e a desativação das usinas nucleares e o fim dos investimentos na fonte.
Adepto de um discurso liberal, Pastor Everaldo quer desestatizar o mercado e abri-lo para investidores em produção e distribuição de energia. Ele prega um grande choque no setor, com abertura de investimento estrangeiro, implementação de direito de propriedade e investimentos para retorno de longo e médio prazo. Ele lembra que o país pode se favorecer por ter uma matriz diversificada. Ele quer que o incremento das fontes seja feito com base no gosto dos investidores e não na preferência do governo. Segundo o candidato, o que encarece o fornecimento de energia hoje é a falta de competição com o governo restringindo e controlando o setor. Ele quer o fim das concessões e o aumento da concorrência, mas vai respeitar os contratos.
Eletrobrás
A estatal do setor também está na mira dos candidatos. Luciana Genro não pensa sob hipótese alguma privatizar as distribuidoras que estão em poder da empresa, classificando a distribuição como um setor estratégico e que deve estar sob controle público. Já Everaldo Pereira não promete a venda de imediato, mas diz que vai analisar pontualmente sob a ótica que quanto menor a interferência política e maior a ingerência do consumidor, melhor. (canalenergia)

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