Retirada da capa protetora de um dos reatores de Fukushima é
adiada devido a risco de contaminação
Usina de
Fukushima, após o desastre nuclear – Em 11 de março de 2011, o mundo soube da
tragédia de Fukushima: um fortíssimo terremoto e um tsunami de grandes
proporções, a que se seguiu a explosão de uma usina nuclear com todas as
consequências de um acidente nuclear: a difusão de radioatividade, que
permanecerá ativa durante anos, ameaçando muitas gerações.
A Central Nuclear de
Fukushima adiou por um ano a retirada da capa protetora de um dos reatores
danificados devido ao risco de contaminação radioativa, o que poderá atrasar o
processo de desmantelamento da central, informou a imprensa do Japão.
Trata-se do reator
número 1 da central, um dos que sofreu explosão de hidrogênio após o terremoto,
seguido de tsunami, de 11 de março de 2011, e cujo edifício foi totalmente
protegido com uma cobertura especial para evitar que o alto índice de resíduos
radioativos liberados devido ao acidente se estenda ao exterior.
“A Tokyo Electric
Power Company (Tepco) anunciou inicialmente que os trabalhos para retirar a
capa começariam em julho último, mas decidiu protelá-los depois de, no mesmo
mês, ter sido detectada a presença de poeira radioativa em arrozais próximos à
Central de Fukushima Daiichi”, informou a televisão estatal NHK.
A Tepco planeja agora
iniciar os preparativos para a retirada da cobertura ainda neste mês. Eles
consistem em pulverizar os resíduos radioativos do interior do edifício com
produtos fixadores para evitar que se espalhem no ar.
A companhia procederá
posteriormente à retirada da capa protetora, a partir de julho de 2015, um
processo que vai durar pelo menos 12 meses e poderá atrasar também a data para
o início da extração de combustível radioativo fundido do núcleo do reator,
fixada para outubro de 2016, segundo o diário Yomiuri.
Estima-se que o
processo de desmantelamento da central dure entre 30 e 40 anos.
O acidente na Central
de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, provocou emissões
radioativas que ainda mantêm longe de suas casas cerca de 50 mil pessoas que
viviam perto da central. O acidente afetou gravemente a agricultura, pecuária e
pesca. (ecodebate)
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