Campanha cobra compromissos de presidenciáveis sobre
mudanças na política energética.
A campanha “Energia para a Vida!” foi lançada em agosto de
2014 por diversas entidades da sociedade civil e tem como objetivo promover uma
nova política energética à altura dos desafios do século 21, baseada em
princípios de eficiência econômica, justiça social, respeito à diversidade
cultural, participação democrática e sustentabilidade ambiental. Para dar força
a essa luta e pressionar o governo, foi lançada, hoje, uma petição aos
candidatos à Presidência da República, cobrando políticas capazes de implantar
uma nova política energética no país.
“Através de um planejamento moderno
e consistente, podemos aumentar a geração de energias renováveis, como solar,
eólica e biomassa, além de garantir ganhos em eficiência e conservação.”,
afirma um trecho da petição, que conta com assinatura de mais de 80 entidades
civis, dentre elas o Greenpeace.
Outro ponto destacado no documento
é o fato de não haver diálogo entre o Conselho Nacional de Política Energética
(CNPE) e a população. Desde 2006 vigora um decreto presidencial que garante a
participação da sociedade civil e de universidades brasileiras no CNPE. Mas na
prática o decreto é ignorado e isso não acontece. O espaço é extremamente
fechado aos anseios e às necessidades da população, prevalecendo os interesses privados.
Há também a necessidade de
priorizar a conservação e o uso eficiente de energia. Acredita-se que com novas
medidas de eficiência energética, o Brasil pode poupar até 30% da energia que
consome. Hoje a perda varia de 15% a 17%.
“Campanhas e mobilizações como
essas são de extrema importância para chamar a atenção do governo e da
sociedade para o fato de que o planejamento energético que temos hoje está
falhando em assegurar à população o acesso constante a uma energia que não
traga consigo enormes impactos à sociedade e ao meio ambiente”, disse Bárbara
Rubim, da campanha de energias renováveis do Greenpeace.
A petição também chama atenção para
o fato de o planejamento brasileiro ser ultrapassado - privilegiando a queima
de carvão e petróleo, a energia nuclear e a construção de grandes barragens nos
rios brasileiros – e para a necessidade de “assegurar o pleno respeito e a
garantia dos direitos humanos das populações atingidas por empreendimentos
energéticos”, o que não vem ocorrendo em grandes projetos como Belo Monte. (greenpeace)
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