Governo garante que situação
do setor de energia está sob controle
Segundo os cálculos oficiais,
o risco de falta de energia nas regiões Sudeste e Centro-Oeste é de 5% em 2015.
Segundo informações oficiais, o
risco de falta de energia nas Regiões Sudeste/Centro-Oeste em 2015 chegou ao
limite de exposição de 5%, teto definido pelo governo. Esse índice leva em
consideração um histórico de 2 mil cenários de acúmulo de água verificados nos
reservatórios das usinas hidrelétricas do País. No caso dos reservatórios do
Nordeste, que também sofrem com a estiagem, o risco seria de 0,5%, segundo o
governo.
Em nota, o Ministério de Minas e
Energia (MME) informou ontem que a situação está sob controle e que não há
risco de falta de abastecimento de energia ao País. "Esses riscos atendem
ao critério de planejamento estabelecido pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) e confirmam a garantia do suprimento no ano de 2015, uma vez
que se dispõe atualmente de um parque de geração termoelétrico significativo,
que vem sendo utilizado, sempre que necessário, como complementação à geração
hidrelétricas", informou o MME.
Térmicas. A oferta menor da geração
hidrelétrica ao longo de 2015 vai impor, inevitavelmente, o acionamento
constante de todo o parque térmico em operação no País, fonte que hoje responde
por 29,98% de toda a capacidade de energia instalada.
Paralelamente, o governo também
conta com o acionamento adicional de 5.200 megawatts de energia eólica, carga
prevista para entrar em operação ao longo de 2015.
Nas contas da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), o crescimento médio do consumo de energia em 2015 será de
3,1% em relação a este ano. No quadriênio 2014-2018, a projeção é de uma alta
3,9% ao ano. Do lado da geração, a expansão planejada é de 4% por ano.
Esses números estão sujeitos a
oscilações durante o ano. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o
consumo de energia pelo setor comercial e pelos usuários residenciais registrou
crescimento forte em relação ao mesmo período de 2013, com altas de 9,9% e
8,1%, respectivamente. O aumento foi consequência direta das temperaturas
"muito acima das esperadas para os dois primeiros meses de 2014",
segundo o governo.
Nos próximos quatro anos, as
classes comercial e residencial devem seguir com as maiores taxas de consumo:
4,5% e 4,3% anuais, respectivamente. A indústria, segundo relatório da EPE, tem
a pior taxa de crescimento prevista até 2018 (3,5% ao ano). (OESP)
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