segunda-feira, 6 de junho de 2011

Armas nucleares # 2

Armas nucleares # 2: projeto Manhattan
Estamos aqui para o segundo capítulo da serie sobre armas nucleares, hoje falaremos sobre o projeto Manhattan, sobre a competição com os nazistas e sobre energia nuclear:
No final de 1938, o químico Otto Hahn fez uma descoberta curiosa em Berlim: em amostras de urânio que ele tinha bombardeado com nêutrons, surgiram impurezas químicas com bário.
Ele pediu ajuda a uma colega de longa data, Lise Meitner, que havia deixado a Alemanha nazista poucos meses antes. Ela resolveu o quebra-cabeças: os núcleos de urânio foram divididos em duas partes iguais – em núcleos de bário. De acordo com a fórmula E=mc², tal processo tinha de liberar enorme quantidade de energia.
Quando esse resultado de pesquisa foi divulgado, todos os físicos entenderam imediatamente: a chamada fissão nuclear era a chave para uma produção infinda de energia, mas também poderia se tornar uma arma terrível.
Enquanto isso na Alemanha, um dos primeiros a reconhecer o potencial existente na fissão nuclear foi o físico Werner Heisenberg. E ele recebeu de Goebbels o sinal verde para iniciar maiores pesquisas.
Em outras partes do mundo, os políticos não perceberam o perigo que poderia surgir de tal arma, principalmente nas mãos dos nazistas. Houve uma famosa carta de advertência de Einstein ao presidente norte-americano Roosevelt. A carta não suscitou maior interesse, apesar da reação cortês.
Apesar de muitos cientistas considerarem a ameaça mera ficção o alarme foi dado e em 1942 se iniciou o projeto Manhattan, um projeto cientifico ultrassecreto organizado e liderado pelo general Leslie Groves.
Oppenheimer e Groves
O projeto teve três sedes principais e afastadas para não se gerar suspeitas Hanford (no Estado de Washington), em Oak Ridge (Tennessee) e em Los Alamos (Novo México) os locais foram escolhidos devido a maior facilidade para a obtenção de urânio. O cientista chefe era Julius Robert Oppenheimer.
Na equipe principal além de Oppenheimer Um dos maiores génios do século XX também participou, Niels Bohr, permaneceu no projeto por um tempo e depois "pulou fora".
O sigilo foi perfeitamente mantido, nem o congresso sabia do projeto ate 45, ninguém desconfiou de cidades industriais de extração tão afastadas, além disso, todas as pessoas que trabalharam no projeto, exceto os cientistas chefes e o general Groves, não sabiam para qual finalidade estavam trabalhando, tudo o que lhes foi informado era que estavam trabalhando em um projeto do governo, todos os trabalhadores assinaram um documento de sigilo.
O enriquecimento de Urânio era feito principalmente no complexo industrial de Oak Ridge, o enriquecimento de urânio era extremamente difícil, em vista que a tecnologia que eles possuíam, mesmo que na época fosse a mais avançada, não era suficiente para o que eles queriam.
Complexo de Oak Ridge
E finalmente em meados de 1945 o primeiro teste nuclear foi realizado em Los Alamos no novo México, então restava a duvida, o projeto foi criado para que os EUA tivessem a bomba antes da Alemanha nazista, mas em 1945 a Alemanha já havia perdido para a URSS e o único inimigo que não havia desistido ainda era o Japão, então, deveriam utilizar a arma contra o Japão ou não? Os cientistas que construíram a bomba atômica fizeram um pedido ao presidente Harry S. Truman pedindo para que ele fizesse uma demonstração da bomba em uma área não povoada do Japão, não usar a bomba em uma cidade, devido ao fato de que a guerra já estava vencida, o Japão não tinha mais recursos. Porem o general Groves viu a petição dos cientistas e a vetou, ate que o presidente ordenasse o ataque.
No final de 1945 o ataque a Hiroshima e Nagasaki aconteceram, levando o mundo à outra era, foi o começo da era nuclear.
Mas essa tecnologia foi somente ruim?
Ela só causou dor?
Ela deveria ser banida?
Não, a tecnologia nuclear mudou totalmente o mundo, foi tanta vantagem quanto a desvantagem, o primeiro benefício que surgiu foi a energia nuclear, uma das formas de produção de energia mais eficientes que existem, grande parte do mundo depende da energia nuclear, a produção de energia nuclear é baseada na fissão nuclear para se gerar calor e com a evaporação ultra rápida da agua, girar as turbinas, um meio eficiente e rápido de se obter energia. A imagem a baixo mostra o esquema Básico:
A energia nuclear porem tem duas grandes desvantagens que se equiparam as suas vantagens, a principal delas é a produção gigantesca de lixo radioativo, o lixo radioativo é um subproduto da produção atômica e inevitável, não existe aplicação pratica para ele, e existem vários níveis de perigo, a única coisa que da pra fazer com o lixo radioativo é guarda-lo em recipientes de chumbo, em uma sala subterrânea de concreto.
O outro grande problema é muito raro de se ocorrer, seriam os acidentes em usinas nucleares, pois se um acidente acontecer e começar a vazar radiação, FUDEU (não existe definição melhor), é necessário evacuar uma grande área, a radiação ira destruir as plantas e contaminar a agua os animais morreriam e se algum humano fosse exposto a radiação ele morreria lentamente de doenças causadas pela radiação, seria necessário a contenção da radiação ou as nuvens raioativas poderiam se espalhar por uma areal ainda maior.
Um grande exemplo do que acontece quando isso ocorre foi o acidente de Chernobyl na antiga URSS em 26 de Abril de 1986. neste acidente o reator da usina de Chernobyl na Ucrânia perto da fronteira com a Bielorrússia explodiu liberando uma quantidade absurda de radiação, mais 5 milhões de hectares de terras foram inutilizados, e houve contaminação significativa de florestas, o acidente liberou 400 vezes mais radiação que a bomba nuclear de Hiroshima e apenas 4 operários sobreviveram. Por causa principalmente deste acidente que a construção de usinas nucleares gera muito receio.
Porem apesar de tudo, a tecnologia nuclear é uma tecnologia muito útil tanto na produção de energia quanto em varias áreas da medicina, e tecnologias avançadas, a tecnologia nuclear mudou o mundo totalmente em todos os aspectos, cabe a cada um gostar disto ou não. (straussdesbravandoouniverso)

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