A Alemanha vai deixar o nuclear o mais tardar até 2022?
A decisão de Angela Merkel alegra os opositores da energia atómica mas levanta muitas questões sobre o futuro.
O Governo decidiu na noite de domingo para segunda-feira (29 e 30/05): a Alemanha abandonará a energia nuclear, o mais tardar, em 2022. Até agora, sete das 17 centrais continuam fechadas, as restantes serão progressivamente paradas ao longo dos próximos dez anos e substituídas por energias alternativas, que o país irá dedicar-se a desenvolver.
É dia de festa para a imprensa antinuclear, ou quase. Em Berlim, o "Tageszeitung" ressuscita na primeira página o mítico autocolante dos primórdios do movimento antinuclear na Alemanha, enfeitado com a sua nova heroína: a chanceler Angela Merkel. Mas a luta não acabou, garante o jornal alternativo:
Apenas há seis meses, depois de uma forçada passagem 'merkeliana', as centrais alemães deviam continuar a funcionar em pleno até 2030. Hoje, a maior parte está desligada da rede. [...] Contrariamente à saída do nuclear decidida em 2000 pela coligação vermelha-verde [liderada por Gerhard Schröder], não há oposição que queira anular esta decisão. [...] Por fim, a mudança energética pode estar numa nova fase e ser irreversível até 2020. Agora que o fim do nuclear está regulamentado, é preciso fazer desaparecer o carvão - e é preciso um plano para reduzir o consumo de petróleo e de gás. (aeiou.expresso)
Nenhum comentário:
Postar um comentário