A decisão da Alemanha de abandonar a energia nuclear terá reflexo no Brasil?
Certamente
Até o acidente de Fukushima (Japão), o governo brasileiro planejava a expansão do parque nuclear no País. Não apenas terminar Angra 3, mas construir mais quatro a seis usinas, especialmente na região Nordeste. Depois do acidente, o Japão mudou vários procedimentos na área e a Alemanha anunciou que vai desativar suas usinas. Não faz sentido continuar investindo em energia nuclear aqui.
Nós precisamos de energia nuclear?
Não
Temos um enorme potencial hídrico e boas perspectivas no gás natural e na chamada energia renovável, como biomassa, eólica, solar e outras.
Que impacto traria desistir dos projetos nucleares?
Daria mais espaço para dezenas de projetos de energia renovável. O Brasil tem capacidade para liderar investimentos nessa área.
Até outro dia, energia renovável era uma aposta típica de investidores de nicho, algo quase exótico. Por que as grandes empresas estão apostando nisso agora?
Até alguns anos atrás, a energia renovável tinha um custo de implantação muito alto. Com o desenvolvimento da indústria, ela está se tornando economicamente viável. Um exemplo: em 2004, o custo da energia eólica era R$ 300 o megawatts/hora, em valores atualizados. No último leilão, em agosto do ano passado, o megawatt/hora foi negociado, em média, por R$ 130. A energia eólica hoje é competitiva. Temos visto um interesse muito intenso de novos investidores em participar do próximo leilão, em julho. Só o nosso escritório está olhando mais de 40 projetos de parques eólicos para clientes. (OESP)
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