A premente necessidade de aumento da oferta de eletricidade e as maiores limitações à construção de grandes reservatórios de água impõem a busca por fontes alternativas para produção de energia elétrica. Entre as opções existentes, a eletricidade gerada a partir da biomassa da cana-de-açúcar revela-se uma opção interessante, pois, além de renovável, é produzida de forma distribuída e próxima aos centros consumidores. Além disso, em razão de a colheita de cana ocorrer no período seco da Região Centro-Sul, a biomassa canavieira ainda se apresenta como fonte complementar ao parque hidroelétrico brasileiro, conferindo maior capacidade de geração de energia justamente no período de menor oferta hídrica.
Apesar das vantagens econômicas e ambientais, o potencial de utilização da biomassa de cana ainda é pouco aproveitado. Entre as diversas causas possíveis, podem-se citar a difi culdade de conexão das centrais térmicas à base de cana à rede de distribuição, a fragilidade econômico-fi nanceira e a inexperiência em operar no setor elétrico de determinadas usinas. O objetivo central deste artigo é identifi car, por meio de pesquisa de campo que envolveu mais de 200 unidades sucroenergéticas, quais os fatores que, segundo a ótica das usinas, mais contribuem para inibir o investimento na cogeração de energia elétrica.
O artigo, à luz do diagnóstico proporcionado pela pesquisa de campo, são discutidas oportunidades de fomento que colaborem para mitigar os entraves apontados pela pesquisa e, com isso, estimulem um melhor aproveitamento do potencial elétrico do setor sucroenergético. (ambienteenergia)
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