Lixo atômico, lixo radioativo, lixo nuclear ou rejeito radioativo são termos diferentes utilizados para designar os resíduos gerados pelos reatores nucleares e outros processos que resultem em resíduos contendo radioatividade de tal forma que não deve ser tratado como o lixo comum, sob pena de colocar em risco qualquer forma de vida. O lixo atômico é produzido largamente no mundo e o grande desafio para o homem é como conservá-lo em segurança e inviolável durante o tempo necessário, uma vez que muitos destes resíduos permanecerão ativos e perigosos por muitos milênios.
Lixo Atômico
Geração do lixo atômico
O maior volume de lixo atômico é gerado através das usinas nucleares responsáveis pela produção de energia elétrica, e no ciclo de geração de combustível nuclear, mas também há importante geração de lixo atômico quando se utiliza a energia nuclear para um fim específico, como na medicina nuclear com a utilização radionucleídeos para os exames de imagem com alta definição, nas pesquisas científicas e na indústria. Um reator nuclear cria durante seu funcionamento partículas radioativas que são extremamente perigosas, como por exemplo, o césio, plutônio e o estrôncio, entre outras. O plutônio por sua vez pode ser utilizado inclusive em armas nucleares, com grande poder de destruição. Estima-se que sejam gerados cerca de 10 mil toneladas de lixo atômico no mundo anualmente, e esses resíduos necessitam de um cuidado muito especial no tratamento do lixo e no seu destino final, sob pena de causarem danos irreversíveis ao meio ambiente e a vida humana, com doenças e morte.
Destino
Classificação do lixo atômico
O lixo atômico se divide em três categorias diferentes de resíduos: HLW – alto nível, ILW – médio nível e LLW – baixo nível de periculosidade. O lixo HLW é composto principalmente dos resíduos dos reatores nucleares na geração do combustível, entre eles o plutônio, um rejeito mortal, que é vitrificado através de processos utilizando de tecnologia avançada. São considerados de médio nível, porém nem por isso menos mortal, as latas onde foram transportados urânio que é o combustível das usinas nucleares, peças do reator e outros rejeitos químicos. Já as roupas e equipamentos de proteção, de laboratório e outros que apenas entraram em contato com o material radioativo são consideradas de baixo teor radioativo, mas requerem ainda cuidados especiais.
Reciclagem
Destinação final
A produção de lixo atômico é uma realidade no mundo inteiro, no Brasil Angra I e Angra II são as maiores usinas nucleares. O destino final dos resíduos atômicos é diferente conforme o tipo de lixo produzido, o plutônio, por exemplo, é vitrificado para evitar vazamentos e então armazenado desta forma em embalagens de aço com outros revestimentos protetores e depois enterrados há centenas de metros de profundidade, em locais desertos e protegidos. No entanto como o efeito de muito desses produtos perdura por milênios, esse destino não é garantia de segurança. Há muitos estudos e projetos para a destinação do lixo atômico, visto que seu uso vem aumentando, e não se imagina a vida da civilização contemporânea sem a energia atômica, que possibilitou muitos avanços na medicina e produz energia elétrica, além de bombas nucleares. (meioambiente)
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