Japão diz que 28 trabalhadores de usina receberam radiação alta
Todos receberam doses superiores a 100 mSv, mas valor não passou de 250 mSv, limite aceito no país.
O Japão informou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) que 28 trabalhadores receberam doses elevadas de radiação durante os esforços para estabilizar a usina atômica de Fukushima Daiichi, parcialmente destruída pelo terremoto seguido de tsunami em março.
Das mais de 300 pessoas no local, 28 acumularam doses superiores a 100 millisieverts (mSv), disse a AIEA, citando dados das autoridades japonesas. "Nenhum trabalhador recebeu uma dose acima de 250 mSv, valor de referência do Japão para restringir a exposição de funcionários de emergência", disse a AIEA em 15/04.
A dose média para um funcionário de usina nuclear é de 50 mSv ao longo de cinco anos. No mês passado, dois trabalhadores da usina de Fukushima foram hospitalizados porque seus pés foram expostos a 170 a 180 mSv, quando eles pisaram em água contaminada. Os dois se recuperaram.
O desastre de Fukushima é o pior no mundo desde o de Chernobyl, há 25 anos, e as autoridades japonesas o colocam no grau mais severo numa escala reconhecida internacionalmente. Mas, ao contrário do que aconteceu na Ucrânia, ninguém parece ter morrido por causa da exposição radiativa.
Indenizações
A Tepco, proprietária da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, afirmou nesta sexta-feira que pretende começar na próxima semana a pagar compensações aos moradores da área afetada pelo acidente nuclear.
O presidente da empresa, Masataka Shimizu, disse que cerca de 50 mil famílias podem receber os pagamentos. O gasto pode chegar a 50 bilhões de ienes (mais de 600 milhões de dólares). (OESP)
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